Saber descansar é fundamental
O descanso está ligado à paz de espírito e à maneira como enfrentamos os desafios
O monge vietnamita Thich Nhat Hanh conta no livro A Essência dos Ensinamentos de Buda (ed. Rocco) uma história zen em que um homem passa cavalgando muito rápido por uma estrada.
Outro homem, parado na beira do caminho, pergunta para onde ele está indo com tanta pressa: “Não sei, pergunte ao cavalo”. O cavalo, explica o monge, é a força de nossos costumes, que nos puxa.
“Estamos sempre correndo e isso já se tornou um hábito”, diz ele.
“Tomamos uma xícara de chá sem aproveitar o sabor. Sentamo-nos com a pessoa que amamos, mas não percebemos que ela está ali. Estamos sempre em outro lugar, pensando no passado ou no futuro.”
Dar uma pausa na loucura é fundamental para regenerar os tecidos do corpo.
Mas para isso é preciso aprender a relaxar todos os dias, não só nas férias. Para Thich Nhat Hanh, aquietar a mente é mais importante.
Uma maneira de lidar com a rotina puxada é apostar na boa alimentação, na atividade física regular – ioga e caminhada – e na meditação.
Além desses cuidados, a maior limpeza que podemos fazer internamente é mudar o jeito como nos relacionamos com a vida, com as pessoas e com o relógio, principalmente.
No livro Para Viver em Paz (editora Vozes), Thich Nhat Hanh lembra que lutar contra o tempo só exaure.
Então, pense que não há o tempo do trabalho, o do trânsito, o dos filhos, mas que esse tempo é todo seu, porque é a sua vida e você estará experimentando cada minuto dele.
Assim, você não se mata agora para descansar e ser feliz no fim – o mais sábio é parar de correr atrás desse futuro idealizado e aprender a cansar e descansar aqui e agora, no presente.
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