domingo, 28 de fevereiro de 2010

Quero um amor maior











I've had the time of my life
Franke Previte, John DeNicola, and Donald Markowitz

Now I've had the time of my life
No, I never felt like this before
Yes, I swear it's the truth
and I owe it all to you
'Cause I've had the time of my life
and I owe it all to you

I've been waiting for so long
Now I've finally found someone
To stand by me
We saw the writing on the wall
As we felt this magical
Fantasy

Now with passion in our eyes
There's no way we could disguise it
Secretly
So we take each other's hand
'Cause we seem to understand
The urgency
Just remember

You're the one thing
I can't get enough of
So I'll tell you something
This could be love because

(CHORUS)
I've had the time of my life
No, I never felt this way before
Yes, I swear it's the truth
And I owe it all to you

'Cause I had the time of my life
And I've searched through every open door
Till I've found the truth
and I owe it all to you

With my body and soul
I want you more than you'll ever know
So we'll just let it go
Don't be afraid to lose control, no
Yes, I know what's on your mind
When you say "Stay with me tonight."
Just remember

You're the one thing
I can't get enough of
So I'll tell you something
This could be love because

(CHORUS)
I've had the time of my life
No, I never felt this way before
Yes, I swear it's the truth
And I owe it all to you

'Cause I had the time of my life
And I've searched through every open door
Till I've found the truth
and I owe it all to you

Por que você deveria acreditar no amor?

:: Rosana Braga ::


Momento muito peculiar esse que a gente está vivendo, especialmente no que se refere aos assuntos do coração, às relações afetivas e à disponibilidade real de amar, ou de ao menos tentar...

Por mais que se fale sobre essas possibilidades, por mais que se deseje viver grandes romances, há algo contraditório no ar... É nítida e notória a dificuldade de confiar, o medo de se entregar, a aparente (ou verdadeira) sacanagem das pessoas, em detrimento do que foi prometido, do que foi exposto como sentimento profundo e genuíno.

Parece que num dia se está apaixonado... e no seguinte, tudo acabou-se. Então, por que deveríamos continuar acreditando no amor? Por que deveríamos continuar investindo, apostando, abrindo espaço para novas relações?

Sabe que, por mais que eu creia - e creio mesmo! - na existência de pessoas dignas, sinceras, transparentes, dispostas a viverem relacionamentos baseados no respeito a si mesmas e ao outro, nalgumas vezes me pego completamente indignada com alguns acontecimentos. E nestes momentos, o questionamento é inevitável: seria inocência e até teimosia continuar insistindo nesta busca?

Casais que têm tudo para dar certo, pessoas que realmente desejam a felicidade, homens e mulheres carentes, frágeis, que dariam o melhor de si na tentativa de se sentirem um pouco – um pouquinho só que seja – menos perdidos, menos confusos, mais seguros, mais realizados... e no entanto, caem em armadilhas sem saber como evitá-las.

Mentiras, enganos, desencontros, dores, incoerências ou meros e súbitos diagnósticos de que o que parecia ser um encontro especial de repente perdeu a graça... Que catástrofe, que triste, que lamentável. Resta a um, ao outro ou aos dois aquela cara de ué, o que foi que aconteceu???.

E de desencanto em desencanto, vamos nos tornando ressequidos, descrentes, ocos, defendidos, magoados, sem ânimo para uma nova tentativa...

Seria fácil para mim citar aqui tantos casais que vejo apaixonados, felizes, completando-se... porque acima de tudo eu acredito nesta possibilidade e consigo ver muitas relações assim. Porém, ultimamente, o que mais tenho recebido em minha caixa postal são depoimentos de pessoas que já não conseguem dar o próximo passo em direção ao amor porque não agüentam mais se darem mal; porque definitivamente não querem se decepcionar de novo...

Tais pessoas não conseguem enxergar ou acreditar em algo que não acontece com elas, mas ainda me resta muito claramente um argumento. Argumento este que, a meu ver, basta para que não desistamos.

É o seguinte: o mundo é feito pelas pessoas. Nós somos as pessoas. Eu, você, quem mora na sua casa, seus amigos, todo mundo que você conhece e também quem você não conhece. O amor e as relações são reflexo de cada um de nós, de nossas escolhas e intenções. O mundo é reflexo deste conjunto de pessoas, que inclui eu, você e mais 6 bilhões de almas.

Então, para que esta realidade mude, algo dentro de nós tem que mudar tão forte e tão positivamente que seja capaz de transformar esta realidade externa. Por mais que a sua crença, a sua escolha ou a sua atitude pareçam pequenas demais diante da imensidão do universo, isto é apenas uma ilusão.

Você é tão grande quanto nunca poderá medir dentro deste cenário e deste intenso processo de superação e amadurecimento pelo qual passa o planeta neste momento. E se você desistir, se você desacreditar no amor, muito será perdido. Centenas de pessoas sofrerão por conta disso.

sábado, 27 de fevereiro de 2010

Respeito e Amor de mãos dadas

















" Amor não se compra, não se vende, não se negocia, é sentimento puro e soberano, é autêntico ou não existe, é real e não imaginário, é atributo do ser humano, é energia que fala, que sente, que movimenta o círculo da vida, é energia que estimula o alcançar de metas, é a energia que divide o solidário e ao mesmo tempo multiplica e transforma o caos em equilíbrio e paz.

Respeito é conhecer o amor na sua fonte de origem, pois somente ama de forma verdadeira e completa todo aquele que respeita seu par, seu amigo, seu familiar, seu semelhante sem exigir troca ou pagamento com moeda ou com outra forma de afeto, assim o amor e o respeito, de mãos dadas, representam um casamento perfeito de idéias, de sintonias, de energias, de exercício contínuo na evolução de uma escalada para a felicidade.

Traição x amor: Por que estamos traindo mais? Será falta de amor ou algo mais?

Amor também é atributo do reino animal, respeito é o elo que une o animal ao homem, a força maior do universo (Deus) criou o animal e o ser humano para viverem em comunhão no amor e no respeito.

Quando o ser humano perceber que o reino animal é um símbolo de amor e de respeito, a natureza agradecerá sorrindo e enviando ao ser humano dias de luz, chuvas para as sementes plantadas, calor e frio na medida certa.

Magia e rituais: Isso pode melhorar o relacionamento e trazer de volta a pessoa amada?

Quando se vive o amor de forma plena ao lado do respeito, nada nem ninguém vai modificar a sensação de felicidade e de conforto que é conhecer a consciência de um sentimento ligado ao outro sem cobranças, sem exigências, sem lástimas, sem orgulho, sem vitórias, sem prejuízos, apenas e somente um sentimento vivo que resiste a tudo, pois é firme, é certo, é seguro e tem no respeito a fórmula de querer bem, mas sempre reconhecendo que o outro tem limites, tem dificuldades e tem necessidades.

O amor e o respeito podem ser eternos quando a alma alcança o entendimento que sem esta união, nada terá valor, nem temporário, nem prometido, pois não se mede o amor sem o respeito, pois o amor sem o respeito é como a essência sem luz e sem fundamento.

A diferença de idade pode interferir no relacionamento?

Enfim aprenda a respeitar em primeiro lugar, assim o amor será pleno, autêntico, verdadeiro, iluminado... mas amor sem respeito não é amor, é ilusão, é egoísmo, é posse, é força desenfreada, é tudo sem definição, mas nunca será comparado ao amor que vibra, que flui com o respeito que nasce no coração.

Dedico este texto a todos aqueles que conhecem e vivem o amor e o respeito como caminho de vida, e aqueles que um dia vão acordar e sair da ilusão e da escuridão que não leva a nenhum lugar."

Miriam Zelikowski

Estrada do Sol

Nara Leão

Composição: Dolores Duran / Tom Jobim

É de manhã, vem o sol mas os pingos da chuva que ontem caiu
Ainda estão a brilhar, ainda estão a bailar ao vento alegre que nos tráz esta canção

Quero que você me dê a mão
Vamos sair por aí sem pensar no que foi que sonhei, que sofri, que chorei
Pois a nossa manhã só nos fez esquecer
Me dê a mão, vamos sair pra ver o sol

É de manhã, vem o sol mas os pingos da chuva que ontem caiu
Ainda estão a brilhar, ainda estão a bailar ao vento alegre que nos tráz esta canção

Por aí, sem pensar no que foi que sonhei, que sofri, que chorei
Pois a nossa manhã só nos fez esquecer
Me dê a mão, vamos sair pra ver o sol

Quero que você me dê a mão
Vamos sair por aí sem pensar no que foi que sonhei, que sofri, que chorei
Pois a nossa manhã só nos fez esquecer
Me dê a mão, vamos sair pra ver o sol

É de manhã...


sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Melhor mesmo, esqueci!rsrsrs


MEMÓRIA CURTA

E aí a gente vai largando as chaves, o celular, o papelzinho com o telefone do marceneiro... E nunca sabe onde deixou. Onde foi mesmo que eu larguei a caneta? Hum, eu conheço aquele cara não sei de onde... Como é mesmo o nome dele?

Você é assim também?
Memória fraca, né?
Será que é a idade que vai chegando...
Ou será sabedoria?

Eu gosto de deletar certas coisas da mente.
Se a gente descarta alguns pensamentos, é porque eles não são importantes mesmo.

Outro dia eu esbarrei numa pessoa no shopping.
Olhei, olhei, e senti que aquele rosto era familiar.
Cumprimentei educadamente, mas não parei para conversar.
Acredito que o meu sorriso foi o suficiente pra disfarçar o esquecimento.

Horas depois, em casa, bingo!!!
Lembrei de onde eu conhecia aquela cara.
Foi alguém do passado que me magoou.
A gente brigou e nunca mais se viu.
Senti um alívio danado por não ter lembrado da mágoa naquela hora.

E descobri que memória curta não é coisa da idade, não...
É sabedoria mesmo.
Esquecer um ressentimento é coisa de gente grande.
Gente de bem com a vida.
Gente que não se ocupa de remoer mágoas.

Essa coisa de lembrar só o que é importante e feliz é a tal memória seletiva.
Coisa que todo mundo deveria fazer.

O mesmo com os olhos e ouvidos...
Ouça e veja só o que faz bem pra alma.

Sabedoria pra mim é isso:
Ficar esquecido de episódios tristes.
Surdo de ruídos nocivos.
Cego de visões distorcidas...

Enquanto a memória falha, eu vou ficando melhor como pessoa...
E lembrando só do que vale a pena.
Do que é necessário. Só o essencial.

Confesso que esqueci onde larguei a chave do carro...

Mas eu lembrei de uma coisa ótima:
Não tenho a menor idéia do que me aborreceu ontem...

Porque hoje eu estou muito feliz!

Lena Gino

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Cheirinho de lembranças


Lembrança da casa dos avós

Tem coisa melhor que um domingo na casa dos avós? "A casa da vovó é uma casa encantada..." diz o poema de uma criança de nove anos, descrevendo um ambiente mágico, feliz e repleto de sensações prazerosas. O subtítulo do Livro dos Avós, de Lídia Aratangy e Leonardo Posternack, vai além e pergunta: na casa dos avós é sempre domingo?

Sim, é sempre domingo - e feliz! - na casa dos avós. Eles costumam fazer nossas comidas preferidas, nos dão colo e aconchego, contam histórias reais e imaginárias. Talvez, uma das coisas mais importantes que os avós fazem é permitir às crianças serem crianças.

AVÓS DE ONTEM E DE HOJE

Mas nem sempre foi assim. Primeiro, porque chegar a ser avô é uma prerrogativa bastante recente na história da humanidade. Apenas no final do século XIX o crescimento da expectativa de vida da população começou a criar possibilidades de avós que interagissem com seus netos a ponto de conviverem com eles e estabelecerem verdadeiros laços de afeto, companheirismo e respeito mútuo. E mal surgiram, em pouco mais de um século já passaram por uma mudança radical.

Na infância de quem está na faixa dos 40 anos ou mais, avó e avô eram pessoas velhinhas, que usavam óculos, bengala, andavam devagar e tinham cabelos brancos... Mas, quem são os avós de hoje? São pessoas que muitas vezes ainda estão em atividade profissional, que dirigem seus carros, vão às compras, viajam, frequentam cursos, aprendem línguas. Não estão na cadeira de balanço fazendo tricô, nem cochilando à tarde em frente à TV. Estão ativos e cheios de vida!

Mas apesar de tanta mudança acontecendo tão rapidamente, na casa dos avós sempre vai ter um cheiro especial e doce. Porque realmente é onde se pode encontrar a possibilidade de transgressão de algumas pequenas regras do dia-a-dia, que embora bem inofensivas para as crianças, dá a elas a sensação de que estão livres e podem fazer o que quiser! Dentro de critérios de bom senso - e desde que devidamente negociadas com os pais - estas pequenas transgressões são importantes para criar entre avós e netos uma cumplicidade
, uma intimidade criativa e produtiva que deve se concretizar em uma relação verdadeira entre eles. Ao contrário do ditado que afirma que "pais educam e avós estragam", uma saudável relação entre avós, filhos e netos é um importante aliado dos pais na educação dos pequenos.

O QUE FAZ DA CASA DOS AVÓS UM LUGAR TÃO ESPECIAL:

  • As comidas tem sempre um toque diferente! Podemos falar de coisas muito simples, que fazem parte da rotina, como aquele bolo diferente ou um almoço de domingo... A comida da avó tem um tempero muito especial. O simples pão com queijo nunca fica igual em casa! Mas o mais gostoso é que as avós sempre fazem questão de esperar seus netos com seu prato predileto!
  • A casa dos avós é muitas vezes o ponto de encontro dos primos e o lugar das brincadeiras inesquecíveis. E geralmente tem brinquedos que parecem infinitamente mais interessantes que os de casa. Jogar bola com vovô, jogar cartas com a vovó, brincar com os primos são atividades bem gostosas e diferentes que ficam guardadas na memória com muito carinho.
  • Dormir na casa dos avós é tão gostoso! Sair pra tomar um sorvete no meio do dia, ficar acordado até mais tarde e ver um filme na cama, ouvir história antes de pegar no sono... A quebra de algumas regras rotineiras tornam a experiência muito especial e divertida!
  • As conversas com avós tem uma conotação diferente. Seja qual estilo de vida eles tenham, provavelmente já desenvolveram a paciência de escutar longos relatos sem pressa e com real interesse. E tem tantas histórias envolventes para contar!

Enfim, casa dos avós é sinônimo de alegria, conforto e prazer. Cultivando esta deliciosa relação, podemos vivenciar momentos que serão lembrados para sempre!

Kátia Leite


segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Voltando, voltando...1,2 e 3, zump...











Saindo da preguiça e voltando pra vida. Viva a vidaaaaa!!
Tenho uma "Irmã" que tem uma labradora chamada Vida. Vida é tão cheia de vida e de entusiasmo que não tem como conseguir ficar parada com ela por perto. Vida pula, brinca, morde, lambe, se a Vida não fosse assim, que triste que deveria ser realmente a vida.

sábado, 13 de fevereiro de 2010

Carnaval, só se for na base da alegria















Quem nunca sentiu uma alegria à toa, daquelas que vem sem hora marcada, sem plano, sem festa?

Alegria boa é assim: ela vem meio que rasgando a boca, deixando um sorriso de não sei o que na cara da gente...

Se alegria tivesse nome, seria surpresa.

Se fosse uma casa, seria imensa.

Se fosse um doce, que doce seria a tal da alegria?
Doce gelado, confeitado, colorido...

E se fosse uma música?
Seria de flauta?
De viola?
Acho que de tudo...
Alegria tem som de orquestra.

Alegria à toa tem cor quente. Cor de sol que se põe bem tarde.

Alegria que se preza, tem cheiro de chuva, de infância...

E é claro que se alegria fosse gente, seria uma criança...

E se fosse bicho, aposto que seria um beija-flor...

Se eu pudesse vestir a tal da alegria, ela seria um vestido de linho, branco, bordado no peito, bem soltinho.


Se fosse um caminho, seria de terra, no meio do nada, sem cerca e sem construção...

Alegria deve ser isso...
Qualquer coisa bonita, que nos tira do tédio.

Essa coisa gostosa, misteriosa, bem vinda, que em dois segundos deixa tudo em paz.

Alegria de verdade é aquela que vive aqui dentro...
Que adormece, às vezes, mas que nunca deve morrer antes da gente.

Lena Gino

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

De olho no olho do furacão




ENTRANDO PELO TUBE

Dois acontecimentos interessantes marcaram a passagem de 2009 para 2010: o caso de Geisy Arruda, a garota que foi à escola com um vestidinho
e quase foi linchada e o comentário de Boris Casoy sobre os garis na televisão, que foi ao ar sem que ele percebesse.

O mundo quase caiu sobre Geisy, que no final acabou se dando muito bem, transformada numa quase celebridade em programas de televisão. Mas
caiu mesmo foi sobre o Boris, que teve seu passado revolvido por todos aqueles que já não gostavam dele ou ficaram indignados com o
comentário. Bem, já escrevi sobre esses assuntos. Vá ao Google e procure por "Os Neocaretas" e "Eribertos e Francenildos".

O que me interessa agora é refletir sobre a forma como esses assuntos ganharam relevância nacional.

Veja só: o caso da Geisy ficou restrito aos alunos que testemunharam o bafafá na escola, a Uniban. Só explodiu cerca de um mês depois do
incidente, quando os vídeos foram parar no Youtube e começaram a repercutir em diversos blogs. Dali a coisa pulou para os jornais, rádios,
televisões e... pronto!

No caso do Boris, embora o comentário tenha ido ao ar em rede nacional, está quase inaudível. Foi feito durante a exibição de uma vinheta do
noticiário que ele apresenta na TV Bandeirantes. Pouca gente viu e quem viu não ouviu direito. Mas alguém gravou, legendou e colocou no
Youtube. Pronto! Um milhão e meio de visitas ao vídeo em uma semana!

Onde quero chegar? Simples: nenhum desses dois casos tomaria proporção nacional sem a internet. Nenhum causaria comoção sem os vídeos no
Youtube. E quem é que produziu os vídeos? O da Geisy foram estudantes filmando com celulares. O do Boris foi alguém que capturou da
televisão, com cuidados técnicos mínimos. Custo de produção? Zero. Qualidade de produção? Nenhuma. Investimento em divulgação? Nicas. Custo
de distribuição? Nada.

Neste novo mundo, qualquer um pode provocar um impacto imenso na sociedade. Basta capturar conteúdo relevante. O resto a internet faz... São
bilhões de celulares, máquinas fotográficas e filmadoras digitais. Milhões de computadores com softwares simples de edição. Bilhões de
conexões com a internet. Você já parou para refletir sobre o poder que cada um de nós passa a ter num contexto como esse? Basta capturar
algo relevante.

Comentei em outro artigo que a definição de "relevância" - numa sociedade em que Platão perde para o Latino - é relativa. "Relevância" hoje
em dia tem muito mais a ver com o espetáculo e a ideologização dos discursos do que com qualquer outra coisa. Mas a televisão que tratou a
internet como besteira, capitulou. Entendeu que precisa desse conteúdo "relevante". A cada dia mais e mais imagens tecnicamente horrorosas
da internet ocupam espaço na televisão.

O apuro técnico dá lugar ao conteúdo. Infelizmente focado em sexo, morbidez e "pegadinhas".

Talvez seja esse o preço do deslumbre, da transição que vivemos neste início da maior revolução que a humanidade já experimentou: qualquer
um pode ser escritor, diretor, fotógrafo, artista. E pode ser visto!

Não existem mais segredos. Nada pode ser apagado da memória. Tudo fica disponível.

Tenho a esperança que um dia, passado o deslumbre e mantida a liberdade de acesso, esse conteúdo seja nutritivo.



Luciano Pires