quinta-feira, 31 de março de 2011

"Não leve a vida tão a sério - Você nunca vai sair vivo dela."


O Bom Humor é uma conquista da prática diária
Conceição Trucom

Se você misturar duzentos gramas de farinha de primeira num saco de farinha vencida, a farinha de primeira desaparecerá, e todos dirão que sua farinha é amarga e insuportável.
Se você colocar um litro de gasolina azul num tambor cheio de água, e usar essa mistura para encher o tanque do seu carro, verá o motor bufar feito doido e não funcionar.
É neste sentido que digo: O maior engole e anula o menor.

Existem pessoas que se queixam o tempo todo que não vão bem nos negócios, não têm dinheiro, não têm sorte, não conseguem sentir serenidade.
Desde o amanhecer exclamam que está difícil, se aborrecendo com pequenas coisas, e com dificuldades (preguiça) de agir positivamente.
Ligam a TV, lêem o jornal, ouvem rádio, conversam com os amigos, e o lema é sempre o mesmo: crise, falta de dinheiro, situação difícil, lojas vazias, comparações inglórias... Se vão fazer alguma coisa ficam sempre com um pé atrás. Se desejam comprar ou conquistar algo, desistem para quando a situação estiver melhor.
Passam o tempo todo navegando nas águas da inação pelo medo, pessimismo e do derrotismo.

Mas essas pessoas dizem que mentalizam todos os dias riqueza e sucesso. Chegam até imaginar que são positivas, que desejam muito o sucesso e a prosperidade. Já fizeram rituais de abundância, acenderam velas e fizeram orações.
Hoje se sentem iludidas dessa estória de pensamento positivo, porque ao final não funcionou. Nada deu certo.
Calma. Vamos raciocinar.

REFLITA:
Quantos minutos por dia você pensa positivamente? Seriam 30 minutos? Quando muito uma hora?
Conclusão: Você fica no pessimismo do inconsciente coletivo por 22-23 horas por dia? O que pesa mais?
Duzentos gramas de ótima farinha conseguem transformar um saco de farinha amarga?

SUGESTÃO - MUDE O CONTEXTO DE SUA VIDA
Comece por este pensamento que acho profundamente engraçado:
"Não leve a vida tão a sério - Você nunca vai sair vivo dela"

Pratique atividades de mudança de contexto. A Terapia do Riso é uma excelente dinâmica para esta conquista. Nós possuímos dois tipos de capacidade mental: A primeira é a Lógica, Racional, Cognitiva, Objetiva, Metódica e opera na velocidade da linguagem. Esta mente chamo de "M", e digo que funciona do pescoço para cima.
A segunda é a Intuitiva, Instintiva, contém a Inteligência Emocional, é não verbal - rápida e pode lidar com padrões analógicos, Original, Sensível e Criativa. Esta mente chamo de "I", e digo que funciona do pescoço para baixo.
Necessitamos usar estas duas capacidades de pensamento em todas as áreas e momentos de nossas vidas.
O que acontece é que estamos saturando o uso da atividade "M", e desconsiderando - porque desconectamos - as nossas capacidades da atividade "I".

A Terapia do Riso desenvolve e reativa a nossa capacidade de sermos mais criativos, flexíveis, intuitivos, positivos, livres (internamente), e assim sermos capazes de mudarmos nosso referencial conforme nossa vontade.
Tudo o que precisamos fazer é permitir a nós mesmos deslocar nossa atenção para diferentes aspectos de nossa experiência.
A Terapia do Riso nos possibilita a prática da mudança dos prismas em nossa vida. REPARE na diferença de atitude ao colocar sua estória para você mesmo, ou para um amigo, falando sobre o mesmo assunto, mas mudando de referencial em sua mente.

Contexto 1 - A vida é uma luta. A mudança será dolorosa. Acho tudo isso muito difícil. Porque comigo?

Contexto 2 - A vida é uma jornada. Uma grande oportunidade de aprendizado. Este desafio está me fazendo pensar, crescer e desapegar de coisas que realmente não me servem mais. Estou admirado comigo.

Pois é. A vida é uma grande brincadeira, e para rir verdadeiramente, você precisa ser capaz de pegar a sua dor e brincar com ela. Essa é a chamada equação Charles Chaplin.

quarta-feira, 30 de março de 2011

E quando pipocam idéias na cabeça?kkk...Delícia pipocar!!


Transformação pelo fogo

Assim acontece com a gente. As grandes transformações acontecem quando passamos pelo fogo. Quem não passa pelo fogo fica do mesmo jeito a vida inteira. São pessoas de uma mesmice e uma dureza assombrosa. Só que elas não percebem e acham que seu jeito de ser é o melhor jeito de ser. Mas, de repente, vem o fogo.

O fogo é quando a vida nos lança numa situação que nunca imaginamos: a dor. Pode ser fogo de fora: perder um amor, perder um filho, o pai, a mãe, perder o emprego ou ficar pobre. Pode ser fogo de dentro: pânico, medo, ansiedade, depressão ou sofrimento, cujas causas ignoramos.

Há sempre o recurso do remédio: apagar o fogo! Sem fogo, o sofrimento diminui. Com isso, a possibilidade da grande transformação também.

Imagino que a pobre pipoca, fechada dentro da panela, lá dentro cada vez mais quente, pensa que sua hora chegou: vai morrer. Dentro de sua casca dura, fechada em si mesma, ela não pode imaginar um destino diferente para si. Não pode imaginar a transformação que está sendo preparada para ela. A pipoca não imagina aquilo do que ela é capaz. Aí, sem aviso prévio, pelo poder do fogo, a grande transformação acontece: BUM! E ela aparece como uma outra coisa completamente diferente, algo que ela mesma nunca havia sonhado.

Bom, mas ainda temos o piruá, que é o milho de pipoca que se recusa a estourar. São como aquelas pessoas que, por mais que o fogo esquente, se recusam a mudar. Elas acham que não pode existir coisa mais maravilhosa do que o jeito delas serem. A presunção e o medo são a dura casca do milho que não estoura. No entanto, o destino delas é triste, já que ficarão duras a vida inteira. Não vão se transformar na flor branca, macia e nutritiva. Não vão dar alegria para ninguém.



Texto de Rubem Alves

Você anda se descuidando da sua vida!


Há grande diferença entre 'importar com' e 'cuidar da' vida alheia

Há alguns anos ouvi um amigo dizer para outro: "Escolhe a raça" (ele referia-se à raça de gato). Curioso com o significado da expressão passei a prestar atenção no papo. A continuação foi: "Assim, você cuida das sete vidas do gato e deixa a minha em paz".
Evidentemente, a brincadeira foi entre amigos e feita com muito bom humor. No entanto, se a estória das sete vidas do gato não fosse uma fábula, seria bastante interessante dar um gato de presente para cada pessoa logo ao nascer. Deveria ser um bicho de estimação de uso obrigatório.

Contudo, o pobre gato tem apenas uma vidinha muito breve. Resta aos humanos, então, o aprendizado de não cuidar da vida alheia por outros meios. Sou adepto confesso da filosofia de importar-se com a vida alheia. No entanto, existe uma profunda confusão entre importar e cuidar. E, a menos que eu seja um completo idiota, existe grande diferença entre um verbo e outro.
Em linhas gerais, quando damos importância a algum assunto, isso significa que temos interesse nele. Já quando cuidamos, isso quer dizer que estamos tomando conta. Ora, se aplicarmos esses conceitos à vida do vizinho, fica fácil entender a diferença.

Quando me importo com a vida alheia, demonstro interesse em saber porque meu próximo chora ou o que lhe causa alegria. Posso procurar saber se tem alguma forma de ajudar. Quando me importo, e faço isso de modo sincero, a primeira reação que tenho é da compaixão. Isto é, me solidarizo com o meu próximo e sofro com ele sua dor, ou então, celebro sua festa como se fosse minha.
Quando me importo com as pessoas, estabeleço um canal de comunhão. Isso não significa que vou passar a comer sal no mesmo prato e dividir o cobertor. Significa tão somente que posso desenvolver as relações sociais com a força, beleza e vitalidade que o Criador projetou.

Importar-se com a vida alheia é conseguir cumprir o que preconizou o apóstolo Paulo: "Alegrai-vos com os que se alegram; e chorai com os que choram" (Rm. 12:15).
Agora, cuidar da vida alheia é exatamente o oposto disso. O cuidador da vida dos outros tem o hábito nojento de espiar pelo buraco da fechadura. Quer invadir a privacidade, controlar os passos, determinar os atos de tantos quanto possa.

Em geral, o cuidador da vida alheia é um desocupado que finge ter muitas ocupações. Cria uma aura de quem tem muito o que fazer, mas, na verdade, sua grande missão é bisbilhotar.
As pessoas que nos cercam não precisam de palpiteiros de plantão. Elas só precisam encontrar um ombro amigo, um ouvido atento. Nem é preciso ter todas as respostas, pode até ter tantas perguntas quanto elas, o que realmente precisam é que queiramos viver em comunhão e darmos a cada um o reconhecimento do seu devido valor.


Emanuel Moura

terça-feira, 29 de março de 2011

Às vezes, triste é ser feliz!! A felicidade é passageira de um trem...rsrs


FELICIDADE PASSAGEIRA

Albert Einstein uma vez disse: “O verdadeiro valor de um ser humano pode ser visto no grau de libertação do eu que ele conseguiu atingir”. Mas o que ele quis dizer com “libertação do eu” ? Engraçado que normalmente imaginemos que precisamos nos libertar de todas as coisas, menos do próprio Eu. Pois não há verdadeira libertação, a não ser a do próprio apego ao eu, que é a fonte de todo egoísmo. Egoísmo é apego ao eu. Significa pensar que o mundo nos deve algo, e que todas as coisas estão sempre acontecendo em função da gente. Quando pensamos assim, não percebemos que o mundo é um movimento da energia da vida, e nós somos um fluxo disso. Desapego ao eu é simplesmente um sentimento de que todas as coisas estão no seu ritmo, e há uma paz que está presente antes, durante, e depois de qualquer experiência. Vejamos: Nós somos apegados a experiências de prazer, e rejeitamos experiências de dor. Queremos que certos prazeres que tivemos permaneça. Quando eles não permanecem, sofremos. Ir além do eu significa apenas que sabemos que não temos comando o tempo inteiro sobre essas experiências aparecerem e desaparecerem. Então há um relaxamento que vem de algo dentro de você que diz: “Está tudo bem”. Não posso separar as experiências que tenho em boas ou ruins. São experiências enriquecedoras e fazem parte de minha vida. Com isso, com a aceitação ativa de todas as minhas experiências, percebi que um certo relaxamento vem, uma certa paz que é fruto de simplesmente não lutar e nem brigar com as experiências. Percebi que não sou as experiências que tenho, afinal elas acontecem PARA mim. Eu não sou as experiências, porque as experiências estão sempre mudando. Eu sou aquele que noto que acontecem experiências. Então passei a desfrutar das experiências ainda mais. Quando você não se apega a uma ou outra experiência, há um desfrute que acontece em todas elas que antes não acontecia. Percebi que quando acontece de as experiências começarem a ser saboriadas, não importando o que elas sejam, um profundo relaxamento e compreensão acontecem espontaneamente. Por exemplo: Quando acontece tristeza ou medo. Medo e tristeza são comuns à espécie humana, são sentimentos que ocorrem em todos nós. Mas quando você convida a tristeza a permanecer e passa a observar a brincadeira de ser triste, a atuar tristeza, você percebe que tudo não passa de uma peça de teatro da vida, e tudo feito para seu desfrute. Imagine o que seria do mundo sem a tristeza ? Filmes, literatura, livros, peças de teatro, música, e todas as modalidades de expressão humanas ? Sem Vinícius de Morais ?... Quando passamos a aceitar os dois pólos da vida, começamos a fazer uma reviravolta na maneira como vivemos e pensamos. Afinal, existe hoje em dia, uma ditadura de felicidade. Por quê ? Porque as pessoas não aceitam o que são. Há sempre alguém mais esperto, mais inteligente, mais bonito... Não se compare! Não há ninguém igual a você. Lembro-me que tinha uma pessoa que uma vez me disse, quando eu estava tocando num bar: “Deixe-me ser triste. Toque uma música triste...” Eu achei o máximo aquilo! As pessoas se viciam num só lado da vida, e tem medo de experienciar aquilo de mais profundo que acontece em seus seres. A felicidade que a mídia propõe é superficial, passageira, boboca, sem profundidade. Nas profundezas de si mesmo é que mora os tesouros. Seu eu não é apenas uma imagem para ser exposta no varal de necessidades do mundo. Sua vida é preciosa, com todas as suas contradições. Walt Whitman, poeta americano, escreveu: “Quem nunca se contradiz deve estar mentindo...” O objetivo da vida não é ser feliz. Isso é muito simplista e barato. Qualquer medíocre pode “dizer” que é feliz. A vida é uma profunda mistura e mistério, e apenas os que vivem as experiências com totalidade, amor, confiança, beleza e aceitação podem viver paz. Felicidade é passageira. Paz é você mesmo, seja como for. Procure esta paz que não desaparece quando a felicidade se vai. Aí mora seu Eu real.

Swami Sambodh Naseeb

domingo, 27 de março de 2011

Esqueça o passado e renove-se!


Esqueça o passado e renove-se

Quantas vezes nos pegamos pensando no passado e nos perguntando: "se eu tivesse feito assim", "se eu tivesse dito isso", "se eu tivesse ido lá" e as mais variadas combinações de "ses" e "tivesses"?

Na verdade vivemos nos remoendo em idéias, lembranças pessoas e acontecimentos passados que na maioria das vezes só nos causam dor e em nada nos beneficiam em nosso momento atual. Ao invés de ficar pensando no que não se realizou, que tal planejar o futuro e viver intensamente o presente? Porém, para isso é necessário estar livre do passado, é preciso renovar-se.

E por falar em renovar-se, lembrei-me de uma estória que retrata o processo de renovação de uma ave: A águia: A águia é a ave de maior longevidade, chegando a viver setenta anos.

Porém, para chegar a essa idade é obrigada a tomar uma difícil decisão. Nessa idade a águia está com as unhas compridas e flexíveis e não consegue mais agarrar as presas das quais se alimenta; o bico, alongado e pontiagudo, se curva; as asas, envelhecidas e pesadas em função da grossura das penas, já não permitem mais o vôo garboso. Então, a águia só tem duas alternativas: morrer ou enfrentar um doloroso processo de renovação que dura perto de cento e cinqüenta dias.

Esse processo consiste em voar para o alto de uma montanha e se recolher a um ninho, próximo a um costão protegido, de onde ela não precise sair. Quando encontra esse lugar, a águia bate o bico na pedra até conseguir arrancá-lo e espera pacientemente nascer um novo bico. Com esse novo bico arranca as velhas unhas. Quando as novas unhas começam a nascer, ela passa a arrancar as velhas penas. Só depois de cinco tenebrosos meses, ela sai para o seu vôo de renovação para então viver mais trinta anos.

Diante disso penso que também temos duas alternativas, não tão trágicas quanto à da águia - viver lamentando o passado e choramingando a vida toda ou planejar o futuro vivendo intensamente o presente.

Na segunda opção o "presente" nos oferece diariamente a oportunidade de tornar a nossa vida da maneira que a queremos, embora só seja possível quando se trabalha para isso.

E o trabalho diário, em nossas vidas, exige de nós metas, idéias, estratégias, concentração e muita perseverança (que particularmente eu chamo de insistência e às vezes teimosia).

Faça uma auto-análise e avalie o grau de suas virtudes como persistência, autoconfiança, estabilidade emocional, ambição (não insana), fidelidade aos superiores, lealdade à empresa onde trabalha, ética e também: como anda sua formação técnica, sua experiência e perspectiva profissional. Permita a autocrítica. Enxergue as suas virtudes e tenha coragem para mudar os seus defeitos, deixar de lado velhos conceitos e desenvolver novos talentos.

Lembra daquelas promessas de início de ano que você fez na praia (ou qualquer outro lugar)? O curso de inglês, o regime, o parar de fumar, o novo emprego, o novo carro ou simplesmente: "esse ano vai ser diferente"? Então, o que você já realizou, ou melhor, renovou?

Aproveite o hoje e trace planos, estratégias, faça um orçamento financeiro, crie tempo, inicie algo novo em sua vida, mesmo que seja algo que para os outros seja pequeno, mas que mostre a você um espírito renovado - ou ao menos disposto a renovar-se. Assim, como a estória da águia poderemos sair para o nosso Vôo da Renovação. Felizes e realizados!

Pedro Eduardo Rodrigues
Profissional da área de Recursos Humanos - formado em Administração com ênfase de RH, Pós-Graduado em Gestão Empresarial Estratégia pela Universidade de São Paulo (USP), e se especializando em Psicodrama Organizacional.