sexta-feira, 30 de julho de 2010

Abra as asas


A VERDADEIRA LIBERDADE
Elisabeth Cavalcante


Todos ansiamos, desde muito cedo na vida, por mais liberdade. Quando ainda muito jovens, a liberdade é, para nós, essencialmente relacionada à realização de nossos desejos. Queremos fazer tudo, experimentar tudo, sem sermos tolhidos em nossos anseios de descoberta do mundo por quem quer que seja.

Conforme adentramos na idade adulta, aprendemos a nos adequar à maior parte das regras sociais e não podemos transgredi-las ou questioná-las com a mesma ênfase com que confrontávamos nossos pais, pois as conseqüências dessa atitude serão muito mais difíceis de ser enfrentadas.

À medida que amadurecemos, vamos entendendo que a liberdade é algo muito mais profundo e vivenciado num nível de interiorização que não havíamos imaginado. A liberdade não significa buscar a satisfação pura e simples de nossos desejos, mas a capacidade de nos mantermos fiéis a nós mesmos e a nossos sentimentos, independente do que o mundo tente nos impor.

Essa atitude interior não implica mais numa rebeldia que se manifesta de forma agressiva e contestatória, mas numa forma de viver que inclui a negação dos falsos valores do mundo material, onde somente o Ter é valorizado, e sua substituição por uma qualidade de Ser, essa sim capaz de nos fazer entender o verdadeiro sentido da palavra liberdade.

A verdadeira liberdade consiste em nos libertarmos do aprisionamento do ego e irmos além, alcançando um estado de consciência que nos torna imunes aos sofrimentos determinados por nossa consciência egóica. Orgulho, ciúme, vaidade, medo, desejo de posse, insegurança, ambição desmedida, são todos sentimentos relacionados ao ego e que nos impedem de viver uma vida plena.

A meditação tem um importante papel nesse processo. Através dela, podemos focalizar conscientemente as causas de nossas frustrações e permitir que essas forças negativas se transformem em nossos auxiliares no avanço rumo à nossa verdadeira liberdade.

Em uma das inúmeras palestras que realizou nos Estados Unidos, o Lama Tibetano Chogyam Trungpa Rimpoche descreve desse modo o papel da meditação como instrumento para reconhecermos nossas emoções negativas:

...Meditação não significa tentar alcançar êxtase, felicidade espiritual ou tranqüilidade, nem tentar tornar-se uma pessoa melhor. É simplesmente a criação de um espaço no qual tenhamos condições de expor e desfazer nossos jogos neuróticos, nossas auto-ilusões, nossos temores e esperanças ocultos.
...Portanto, a meditação é um meio de aflorar as neuroses da mente usando-as como parte de nossa prática. Da mesma forma que o adubo, não jogamos nossas neuroses fora, mas as espalhamos em nosso jardim, elas se tornam parte de nossa riqueza.
...O ato de nos tornarmos cada vez mais conscientes das circunstâncias da vida, das emoções e do espaço no qual elas ocorrem, pode nos abrir para uma consciência panorâmica ainda mais ampla. É uma atitude de aceitação fundamental de si mesmo, ao mesmo tempo retendo a inteligência crítica.... Lidar com as emoções deixa de ser um problema. As emoções são como são, nem reprimidas, nem favorecidas, mas simplesmente reconhecidas. ...Portanto, antes de nos relacionarmos com o céu, é preciso nos relacionar com a terra e lidar com nossas neuroses básicas.

Transmutar nosso estado de Ser requer atenção permanente, vontade e disciplina para empreender a jornada. Enquanto permanecermos focalizados no ego, continuaremos vivendo de forma limitada, sem experimentar o verdadeiro sentido da palavra liberdade.

segunda-feira, 26 de julho de 2010

Quando dá liga, nada substitui...Lindos!


FESTIVAL DE MÚSICA DE SOROCABA
Segundo colocado(pra mim, sempre serão os primeiros)
Composição: João Leopoldo
Interpretação: João Leopoldo e Hugo Rafael

ODISSEIA

Muito prazer, minha história vou te contar
Pelas margens de minha vida foi construído um sonho popular
Sonhar era preciso pra se crescer
No correr da luta pelo ouro uma cidade se viu erguer
Com suor e a força de várias mãos
Pelo leito de minhas margens toda coragem se deu
Batizado com nomes fortes que singram vales e rasgam chão
De mirim só tenho o nome, mas sou grande forte e aqui vou eu

Sorocamirim, Sorocabuçu
É o rio que dá o nome a minha terra
Sorocamirim, Sorocabuçu
Esse é um grito de alerta

quinta-feira, 22 de julho de 2010

terça-feira, 20 de julho de 2010

Um amigo, não tem preço...


A AMIZADE

Naquela tarde fria e cinzenta, Roberto enterrou seu melhor amigo: Átila, um cachorro pastor alemão. Quinze anos de vida, amizade e confiança. Foi uma bela história de amizade entre um homem e seu cão.

Roberto recomeçou sua vida sem o afeto desinteressado do melhor amigo. Encontrou pessoas. Novas amizades. Decepções. Amor. Paixões. Não sei se Roberto encontrou amigos como Átila. Fiéis. Desinteressados. No entanto, Roberto foi um bom amigo. As lições do fiel cão pastor selaram seu caráter. Aquele homem foi bom, fraterno e caridoso. Não esperava retribuição. Amigo de graça. Afeto generoso. Entrega completa. Quando o bom homem partiu para outra dimensão, muitas preces chegaram ao Alto em seu favor. Mesmo aqueles que não retribuíram sua amizade, foram rezarem em sua campa. Arrependidos. Saudosos.

"A amizade é uma das manifestações amorosas mais completas."- trecho do livro, Cartas Ciganas, a estrada da vida de Margarita Fasanella Martinez.

A amizade deve selar todos os relacionamentos. Marido e mulher devem ser amigos para fortalecer o amor. Pais amigos; confiança e diálogo entre os filhos. Avós amigos marcam nossa infância.

O encanto deste sentimento está na fraternidade e na confiança. Une pessoas diferentes sem distinção de sexo, idade ou status. Sublime e majestosa , deve sobreviver nos maus momentos. Benfazeja, participa da nossa felicidade. Compartilha, aquece, ajuda e ampara.

Se você quer ter amigos, comece um trabalho consigo mesmo. Aprenda a ser solidário. Inspire confiança. O que fortalece a amizade é o gesto espontâneo, fraterno. A amizade verdadeira não exige, não cobra, não domina.

Disse alguém: "amigos não têm defeitos." Estão sempre perto, quando se precisa deles. Mão amiga, confortadora; ouvidos atentos. Aprenda a gostar de graça e a ajudar sem esperar retribuição. A amizade ama sem o desatino da paixão. Ela não sobrevive ao egoísmo. Convívio, presença, graça e alegria. Não pense em ser amado, ame! Não espere gratidão, ajude! Não espere o e-mail solidário. Escreva a mensagem de apoio. Seja o primeiro a estender a mão. A maior felicidade é doar, ajudar, amparar.

A amizade expande e fortalece a alma. Quando menos você esperar, encontrará sempre o que precisa. Quando menos esperar, o carinho retribuído, o ombro amigo, o sorriso, o elogio.

Seu coração amigo só encontra decepções? Insista sempre em ser bom. A amizade vem de onde menos se espera. É preciso confiar na humanidade para se ter bons amigos. É preciso um tanto de tolerância e desprendimento. A amizade sempre existirá.

Muitas vezes, grandes amigos são afetos de outras vidas. Vínculo afetivo que não pode ser explicado somente nesta vida. Se você tem um grande amigo, fortaleça essa amizade. Saiba ser grato. Atencioso. Alegre. Participativo. Se a pessoa lhe decepcionou, perdoe. Mais decepções do que amizade? Traiu sua confiança? Ele se arrependeu? Sim? A amizade é caridosa, generosa. No entanto, não sobrevive ao orgulho e à indiferença.

Algumas pessoas precisam sofrer muito para aprender o valor da amizade. Arrastam a vida pensando somente em si mesmas. Quando encontram o amor desinteressado de um amigo, não retribuem. Sugam. Querem sempre mais. Usam as pessoas. A roda da vida gira transformando as pessoas e fortalecendo os relacionamentos.

Nossos sentimentos se transformam todos os dias. É a mágica do amor com suas nuances, seu jeito único de ser. É sempre o amor!

Não tenha medo de ser bom! Não tenha medo de sofrer! As decepções fazem parte da vida. O amor sempre prevalece. Ninguém jamais perde por ser bom, amigo e solidário. Um dia, a paz se restabelecerá porque o Bem sempre vence o Mal.

A amizade é o verdadeiro amor espiritual porque independe da matéria e dos laços sanguíneos. Você não escolhe seus laços de sangue, mas a amizade é espontânea.

"A amizade é a sublimação do Amor!"






Sandra Cecília

domingo, 18 de julho de 2010

Tá no surto? ...A gente vai levando...rsrs


Rodeio de Ego
por Rosana Hermann

Não se deixe enganar por essa letrinha com corpinho 1, em
itálico, mostrando meu nome bem pequenininho. É disfarce.
No fundo, meu ego megalomaníaco gostaria que o nome
estivesse em letras garrafais, brilhantes, luminosas, em
Times Square, Nova York, como aliás, fazem alguns
apresentadores de tv nas aberturas de seus próprios
programas, em geral, com seus nomes também no título.

Se não o faço é mais por medo que por humildade, mais
por escrúpulo do que por ética. Eu tenho um ego do
tamanho de um bonde, descendo uma ladeira em
São Francisco, sem freio e cheio de passageiros.

Acredite, é mais fácil montar um touro bravo num
rodeio durante oito segundos do que segurar meu
ego selvagem no momento em que alguém abre
a porteira desavisadamente.

A porteira, aliás, acabou de ser aberta. Estou aqui,
me segurando, me roendo, sangrando, navegando
pela web pra me distrair e não liberar o demônio da
Tazmania por uma bobagem.

O pior é que a alegria da platéia é ver o circo pegar
fogo e o palhaço se f..der. A simples menção de que
estou em ponto de bala para deixar meu ego explodir
faz com que a galera grite 'pula! pula!', 'solta, solta'
e 'conta!conta!".

Sim, porque, assim como a indústria alimentícia e o
marketing não colaboram pra que a gente emagreça,
o povo não ajuda ninguém a ser generoso e humilde.
Queremos sangue. Gostamos de sangue. A cor, o cheiro,
o salgado do sangue nos atrai. Por isso todo mundo
diminui a velocidade pra ver um acidente causando
outros acidentes e muito congestionamento.

O ser humano é carnívoro. Competimos por espaço
há milênios. E agora, competimos também na web.

Competimos, é plural de majestade. Eu compito.
Mesmo que não exista a primeira pessoa do
singular do verbo competir. Dane-se. Eu sei
o que meu ego indomável quer:
re-co-nhe-ci-men-to.

O ego quer ser admirado Quer adjetivos elogiosos e
exclamações de grata surpresa. Quer muitos
clap clap clap, quer ohhhhhhhhh! cheios
de agás, quer beijinhos, cutchie cutchie,
e muito bem.

Aperto na bochecha nenê não quer, nenê
não gosta.

Ego é bebê. É criança, fedelho, pentelho.
Ego é chato, voraz, desagradável.
Inadequado. Mas está lá. Sempre pronto
para clamar por justiça.

Mania de ego inflado é se sentir injustiçado.
Passatempo de ego grande é esmagar
em nome da lei. É clamar pelo correto
quando o razoável resolveria.

Ego não samba, não tem jogo de cintura.
Ego não dorme, morre de insônia.
Ego não goza, finge prazer com gemidinhos.

Quem tem ego tem problema, ema ema ema.
Por isso peço ajuda, encarecidamente, a
todos os que convivem com este monstro
na coleira que arrasto pela mão, meu ego
alemão, com mossarela italiana, convertido
ao judaísmo, trancafiado num corpo pícnico,
agarrado a um cérebro atento, medroso e
inseguro como uma criança que segura um ursinho.
Minha cabeça, é tudo o que meu ego tem pra brincar.

E por isso, de vez em quando, meu ego pega
meu cérebro e chuta como bola no quintal do
coração e marca um gol de mão,
que deveria ser anulado.

Meu ego e meu cérebro, aliás, vivem em constante
disputa e quem perde a partida, sou eu.
Meu cérebro sobe na balança, o ego mente o peso.
Meu cérebro escreve um post, o ego mede as visitas.
Meu cérebro abre a porta, o ego passa primeiro.
No carro, o cérebro dá a partida, o ego acelera.
No vermelho, o cérebro freia, o ego xinga.

O cérebro quer se encontrar, o ego,se acha.
O cérebro quer um amor, o ego, se masturba.
O cérebro busca a performance, o ego quer a medalha.
O cérebro quer terminar este texto, o ego sopra
palavras.

Não é por mal, é só doença. Doença da
ilusão, de todo ser humano, de querer ser
eternamente amado.
Ser continuamente reconhecido.
Infinitamente aplaudido. Em pé.
E, claro, com transmissão simultanea
para todo o planeta.

Ao vivo.

sábado, 17 de julho de 2010

Escolhas divinas! Escolho ser assim...rsrs


A vida lhe coloca onde você escolheu estar

Nasceste no lar que precisavas.
Vestiste o corpo físico que merecias.
Moras onde melhor Deus te proporcionou, de acordo com teu adiantamento.

Possuis os recursos financeiros coerentes com as tuas necessidades, nem mais, nem menos, mas o justo para as tuas lutas terrenas.
Teu ambiente de trabalho é o que elegeste espontaneamente para a tua realização.
Teus parentes e amigos são as almas que atraístes, com tua própria afinidade.

Portanto, teu destino está constantemente sobre teu controle.
Tu escolhes, recolhes, eleges, atrais, buscas, expulsas, modificas, tudo aquilo que te rodeia a existência.

Teus pensamentos e vontade são a chave de teus atos, atitudes são as fontes de atração e repulsão na tua jornada vivencial.

Não reclames, nem te faças de vítima.
Antes de tudo, analisa e observa.
A mudança está em tuas mãos.
Reprograme tua meta,
Busque o bem e viverás melhor.

Francisco Cândido Xavier

quinta-feira, 15 de julho de 2010

Cheiro da vida!!


Os cheiros (DANUZA LEÃO)

Existem cheiros inesquecíveis. Cada pessoa tem seus prediletos. E basta uma mínima lembrança para que tudo volte: a temperatura do momento, a felicidade ou a tristeza que se sentia, as imagens de quem estava perto, tudo. Tudo. Cheiros podem ser alegres ou tristes. Era muito bom quando se entrava em casa depois do colégio, logo antes do almoço, e se sentia o cheiro do refogado – alho, cebola e tomate – para fazer o picadinho ou o bife de panela enrolado no bacon e preso por um palitinho. Quantos segundos você leva para atravessar o tempo e voltar aos seus 11 anos?

Lembra quando há muitos, muitos anos, você ia passar as férias na fazenda? Ah, uma fazenda tem aromas absolutamente inesquecíveis: o do capim, o da terra depois da chuva, o do estábulo onde se ia de manhã bem cedo tomar o leite tirado da vaca, ainda morno, numa canequinha de alumínio. E o cheiro da tangerina? Aliás, tangerina não, mexerica; aquela pobrinha, modesta, de casca fina, que deixava a mão cheirando durante três dias. Esse é um cheiro muito alegre. O cheiro do bolo saindo do forno é para sempre – bolo de tabuleiro, cortado em losangos, com cobertura de açúcar com limão, e um detalhe precioso: naquele tempo, por mais que se comesse não se engordava, e em cima da mesa havia sempre um vidro de fortificante para abrir o apetite. Que felicidade ter tido uma infância no interior! Mas existem outros aromas não ligados ao paladar e também inesquecíveis. O cheiro do mar quando se chega em Salvador – uma licença poética, com licença. E você já teve uma tia-avó que morava numa casa bem arrumada, cujo assoalho era encerado toda semana? O brilho era dado a mão, com uma escova de cabo alto como uma vassoura, e era chegar e ouvir: “Cuidado para não escorregar”. Que cheiro limpo, honesto, que cheiro de gente direita. Será que isso ainda existe?

Mas há também os cheiros angustiantes: os de hospital, de sala de cirurgia. Muito cheiro de flor você sabe o que lembra – melhor não falar disso. E existem os perfumes ricos: de carro novo, de um bom fumo de cachimbo. E vamos combinar: cheiro de alho é bom na cozinha, de sexo no quarto, e é proibido misturar. Por falar nisso, o cheiro do homem que se ama, depois do amor, é melhor nem lembrar para não desmaiar de saudade.

As cidades também têm seu cheiro, cada uma muito particular: se você for levada, de olhos vendados, para o Bloomingdale’s, sabe na hora que está em Nova York. E se respirar um aroma de cominho misturado a curry e a canela vai saber que está no souk de Marrakesh.

Mas existe um cheiro que só as mulheres conhecem. É o que elas sentem quando estão enxugando seus bebês depois do banho. É preciso que não haja uma só pessoa por perto num raio de 200 metros para não haver interferência de qualquer ordem. Sem nenhuma presença estranha – nem mesmo a do pai –, mãe e filho poderão dizer bobagens e rir de coisas que só eles vão entender. Depois do talco, a mãe vai botar o nariz no pescoço de sua cria e cheirar com todos os seus cinco sentidos. No princípio timidamente, mas cada vez mais forte, até quase arrebentar os pulmões de tanto amor. Na hora a gente não sabe, mas um dia vai saber: não existe nada igual a esse cheiro nem a esse momento, e nunca vai haver um melhor. Porque esse é o cheiro da vida.

quarta-feira, 14 de julho de 2010

terça-feira, 13 de julho de 2010

sábado, 10 de julho de 2010

"Rasteiras no ego imbecil"- A D O R E I !!!



 AMOR E LUZ   Rosana Hermann
  Radical assim, sim. Você gosta do que você é. Você admira quem tem as qualidades que você também acha que tem ou gostaria de ter.  Você gosta do que lhe diz respeito, gosta das pessoas que têm seu sangue, das que você elege, das que não ameaçam você.  Você e o mundo são assim. Todos os seres humanos são assim, racionalmente. Na tv, concordamos com quem diz o que nós pensamos. No jornal, damos crédito a quem escreve o que nos representa. No fundo, nós só gostamos de nós mesmos.  Leio uma crítica do Ricardo Feltrin e adoro-a. Claro, ela reflete o que eu também penso, tenho que gostar. Dela, a crítica, dele, o crítico.
Cada ser humano se sente o centro do mundo, vê tudo sob sua ótica e só ama a si mesmo. Até sua falta de autoestima prova que seu interesse é só um, ele próprio. Egoístas. Todos somos.  E aí vem o amor.  E dá uma rasteira no nosso ego imbecil.  O amor.  Que subitamente faz com que a gente ame alguma coisa, alguém, que é um não-eu. Não é a mamãe, nem o papai, vovó, titio, filhinho. É outra pessoa.  De outra família, outro lugar, que tem outra história. Muitas vezes, é até de outro sexo.  E  amamos esta pessoa sem saber como ou por quê.  Porque o amor não é verbo que a gente conjuga na primeira pessoa de forma racional, amor é verbo que faz da gente objeto.  O amor acontece.  E só quem aprende, entende, exercita o amor sabe que sua potência, sua imensidão.  Quem nunca amou, pode achar que sabe mas não sabe.  Amor é único, não parece com nada.  O que mais se parece com amor deve ser chocolate. Ou queijo. Quando a gente tem vontade de comer chocolate não serve mais nada. Só chocolate mesmo. Queijo é assim também. É uma coisa em si.  No fundo, todo mundo que vive em desamor, de forma pontual ou em longas doses ao longo dos anos, vai ficando amargo. Depois azedo. Depois, podre.  As pessoas ruins, ácidas, infelizes, que não sentem prazer, vivem anestesiadas. São sempre as mais ranzinzas, as mais chatas, as que alfinetam, as que ferroam sem parar.  Não são rompantes normais da ira, é um azedume que contamina tudo, uma  humidade triste de quem vive sem luz, onde o bolor diário da inveja cresce.  É triste, isto. Gente que vive embolorada por dentro, por falta de amor e sol.  Lamento por todas elas.  Porque se elas se lançassem ao amor, mudariam num instante.   
Extraído do site: www.queridoleitor.zip.net

sexta-feira, 9 de julho de 2010

Especialíssimo!! Quando dei por mim...


Especial é...

Nada é mais especial do que o exercício pleno do amor, do que a vivência diária desse sentimento natural em todas as suas múltiplas formas e cada manifestação mesmo que tímida desse sentimento maior, traduz a verdadeira essencia da vida: amar!

Então viva todos os seus amores de uma forma especial, porque especial é...
Saber que você está sempre por perto
Especial é...
Perceber seu olhar cúmplice do meu
Especial é...
Caminhar ao seu lado tendo as mãos entrelaçadas.
Especial é...
Me contagiar com a sua gargalhada...
Especial é...
O melhor de cada um de nós...
Especial è...
Concluir que só vale a pena com você.
Especial é...
Ter a vontade adivinhada
Especial é...
A primeira mordida da fruta amadurecida.
Especial é...
Sentir o seu perfume depois do amor.
Especial é...
O calor do seu corpo colado no meu.
Especial é...
Contemplar sua imagem e sentir o desejo.
Especial é...
Calar sua voz ao sabor de um beijo.
Especial é...
Voltar depois da briga com o amor renovado.
Especial é...
Receber um forte abraço inesperado.
Especial é...
Me sentir livre para estar preso a você
Especial é...
Prover de afeto a nossa rotina.
Especial é...
Ser presenteado com a sua alegria.
Especial é...
Fazer bonito o amor de cada dia.
Especial é...
Entender as diferenças
Especial é...
Plantar a amizade em terra fértil
Especial é...
Descobrir que a felicidade e um dom natural
Especial é...
Saber que para você eu sou muito, muito especial.

Ira Buscachio

quinta-feira, 8 de julho de 2010

Olhar com outro olhar


monstro da indiferença

Se eu morrer, morre comigo um certo modo de ver, disse o poeta.
Um poeta é só isso: um certo modo de ver. O diabo é que, de tanto ver, a gente banaliza o olhar... vê, não vendo.
Experimente ver pela primeira vez o que você vê todo dia sem ver. Parece fácil, mas não é. O que nos é familiar, já não desperta curiosidade. O campo visual da nossa rotina é como um vazio. Você sai todo dia, por exemplo, pela mesma porta. Se alguém lhe perguntar o que é que você vê no seu caminho, você não sabe. De tanto ver, você não vê.
Sei de um profissional que passou 32 anos a fio pelo mesmo porteiro. Dava-lhe bom-dia e, às vezes, lhe passava um recado ou uma correspondência. Um dia, o porteiro cometeu a descortesia de falecer. Como era ele? Sua cara, sua voz, como se vestia? Não fazia a mínima idéia. Em 32 anos, nunca o viu. Para ser notado, o porteiro teve que morrer.
Se um dia, no seu lugar estivesse uma girafa cumprindo o rito, pode ser que ninguém desse por sua ausência.
O hábito suja os olhos e lhes baixa a voltagem. Mas, há sempre o que ver: gente, coisas, bichos. E vemos? Não, não vemos.
Uma criança vê o que um adulto não vê., pois tem olhos atentos e limpos para o espetáculo do mundo.
O poeta é capaz de ver pela primeira vez o que, de tão visto, ninguém vê. Há pai que nunca viu o próprio filho, marido que nunca viu a própria mulher.
Isso exige muito. Nossos olhos se gastam no dia-a-dia. É por aí que se instala no coração o monstro da indiferença.

Otto Lara Resende

terça-feira, 6 de julho de 2010

Prazer em ser gentil com você


ANOTE HOJE


Anote quanto auxílio poderá você prestar ainda hoje.
Em casa, pense no valor deste ou daquele gesto de cooperação e carinho.
No relacionamento comum, faça a gentileza que alguém esteja aguardando conforme a sua palavra.
No grupo de trabalho, ouça com bondade a frase menos feliz sem passá-la adiante.
Ofereça apoio e compreensão ao colega em dificuldade.
Estimule o serviço com expressões de louvor.
Quando puder, procure resolver os problemas sem alardear seu esforço.
Em qualquer lugar, pratique a boa influência.
Desculpe falhas alheias, consciente de que você também pode errar.
Observe quanto auxílio poderá você desenvolver ao trânsito, respeitando sinais.
Acrescente paz e reconforto à dádiva que fizer.
Evite gritar para não chocar a quem ouve.
Pague a sua pequena prestação de serviço à comunidade, conservando a limpeza onde passe.
Sobretudo mostre simpatia e reconhecerá que o seu sorriso, em favor dos outros, é sempre uma chave de luz para que você encontre novas bênçãos de Deus.

André Luiz, de Francisco Cândido Xavier

segunda-feira, 5 de julho de 2010

Vó faz um bem danado!


    

Uma colaboração (não um conselho) pra você

Maria Sanz Martins

Quando eu for bem velhinha, espero receber a graça de, num dia de domingo, me sentar na poltrona da biblioteca e, bebendo um cálice de vinho do Porto, dizer a minha neta:

- Querida, venha cá. Feche a porta com cuidado, sente-se aqui do meu lado. Tenho umas coisas para te contar.

E assim, dizer apontando o indicador para o alto:

- O nome disso não é conselho, isso se chama colaboração! Eu vivi, ensinei, aprendi, caí, levantei e cheguei a algumas conclusões. E agora, do alto dos meus anos, quero dividir com você.

Por isso, vou colocar mais ou menos assim:
- É preciso coragem para ser feliz.
Seja valente.
Siga sempre o seu coração.
Para onde ele for, seu sangue, suas veias e seus olhos também irão.
E satisfaça seus desejos. Esse é seu direito e obrigação.
Entenda que o tempo é um paciente professor que irá te fazer crescer, mas a escolha entre ser uma grande menina ou uma menina grande, vai depender só de você.
Tenha poucos e bons amigos.
Tenha filhos.
Tenha um jardim.
Aproveite sua casa, mas viaje ...vá a Fernando de Noronha, ao Pantanal...
Cuide bem dos seus dentes.
Experimente, mude, corte os cabelos.
Não corra o risco de envelhecer dizendo "ah, se eu tivesse feito..."
Tenha uma vida rica de vida.
E de verdade, acima de tudo!
Viva romances de cinema, contos de fada e casos de novela.
E tome sempre conta da sua reputação, ela é um bem inestimável.
Porque, sim, as pessoas comentam, reparam e, se você der chance, elas inventam também detalhes desnecessários.
Se for se casar, faça por amor. Não faça por segurança, carinho ou status.
A sabedoria convencional recomenda que você se case com alguém parecido com você, mas isso pode ser um saco!
Prefira a recomendação da natureza, que com a justificativa de otimizar os genes da reprodução, sugere que procure alguém diferente...
Mas para ter sucesso nessa questão, acredite no olfato e desconfie da visão.
É o seu nariz quem diz a verdade quando o assunto é paixão.
Se o casamento não der certo opte pela vida.
Faça do fogão, do pente, da caneta e do papel seus instrumentos de criação.
Leia, pinte, desenhe, escreva.
E, por favor, dance, dance, dance até o fim, senão por você, o faça por mim.
Compreenda seus pais. Eles te amam para além da sua imaginação, sempre fizeram o melhor que puderam e sempre o farão.
Cultive os bons amigos.
Eles são a natureza ao nosso favor e uma das formas mais raras de amor.
Não cultive as mágoas - porque se tem uma coisa que eu aprendi nessa vida é que um único pontinho preto num oceano branco deixa tudo cinza.
Era isso minha querida. Agora é a sua vez.
Por favor, encha mais uma vez minha taça e me conte:
- Como vai você?

domingo, 4 de julho de 2010

TEMPO, mano velho!


O tempo

Danuza Leão

QUAL A COISA MAIS PRECIOSA do mundo, mais que o ouro, que todos os diamantes, todas as moedas fortes, toda a riqueza e poder da terra? Acertou quem respondeu o tempo.

Coisa misteriosa este tal de tempo. Quando você não tem absolutamente nada para fazer, ele não passa, e se fica esperando que chegue a noite, e o dia seguinte, quase em desespero. Mas quando a vida está movimentada e boa, ele voa, e quando você se dá conta, a semana acabou sem saber como, e o mês também, e foram-se os anos. Não há meio termo: ou se morre de tédio ou de exaustão. O que é melhor? Difícil escolha.

Quando não se faz nada, sobra tempo para pensar em coisas que nos fazem ou fizeram sofrer, lembrar do passado com arrependimento, saudades, ou, o pior de tudo, com a sensação de não ter vivido -pensamentos, aliás, absolutamente inúteis. Quando o tempo sobra, qualquer palavra que se ouve é analisada, o contexto em que ela foi dita pode ter proporções perigosas, e até o tom de voz tem -ou pode ter- um grave significado.

Se seu porteiro diz alguma coisa que não te soa bem, é uma punhalada no coração, e quem tem o dia pela frente para ficar remoendo o que ouviu vai viver um drama, pois nada para fazer de uma bobagem uma grande tragédia como uma boa tarde ociosa. Mas pergunte a alguém, com dois empregos, quanto tempo dura o sofrimento. Exatamente o tempo entre a casa e o trabalho; na fila para o ônibus, o problema já acabou.

Ah, o tempo; o tempo que não se tem para ouvir a amiga, para escutar o problema do filho, o tempo que ninguém tem para escutar os nossos. E como não se pode viver sem ter com quem falar existem, felizmente, nossos queridos analistas, que dedicam 50 minutos inteirinhos só a nós, ouvindo todas as bobagens e nos compreendendo, sem que o telefone toque ou que a empregada bata na porta pedindo dinheiro para comprar carne.

Coisa mais curiosa; quando você está esperando ansiosamente por alguém que marcou de chegar às nove -e você às oito já está pronta, claro-, é capaz de passar uma hora inteira olhando para o relógio, e só para isso foi inventado o ponteiro dos segundos; para se ter certeza de que o tempo passa. Por outro lado, se estiver com o homem que mais ama fazendo a mais maravilhosa viagem, quando se der conta ela já acabou, sem deixar uma só prova de que tudo existiu, a não ser na memória e em algumas vagas fotos. Só que um dia, quando você estiver amando outra pessoa, já terá esquecido -como tantos se esqueceram de você. O tempo, remédio para tantas coisas, mas que demora tanto para fazer efeito.

O tempo não tem forma, cheiro, sabor; não pode ser comprado em farmácias, ser dado nem emprestado, não é vegetal, animal nem mineral, não pode ser guardado no cofre, não pode ser esbanjado, nem é possível economizá-lo para o futuro. Ele não existe, e ao mesmo tempo só ele existe.

E o homem, que já conseguiu tantas proezas, como voar, chegar à lua, ser mais veloz que o som, fazer chover, transformar a água do mar em água doce, irrigar os desertos, só não conseguiu ainda dominar essa coisa tão preciosa e abstrata que é o tempo.

sábado, 3 de julho de 2010

Quando eu digo que é, às vezes "fáia"...kkk


O clichê do clichê



sobre Cultura Por Philio Terzakis
pterzakis@yahoo.com

A sete chaves, de mão beijada, efeito dominó, fazer das tripas coração, fugir da raia, poder de fogo, voltar à estaca zero e tantas outras.

Quem inventou essas expressões teve uma grande sacada. Elas são pura poesia em forma de prosa. Cristalizam em poucas palavras idéias centrais de nossa cultura. Quem nunca guardou um segredo a sete chaves? Ou tentou fugir da raia?

Quem as copiou, logo depois, não fez mais do que o óbvio e ululante (ui! clichê). Como não copiá-las? Elas são geniais. Ou melhor... eram.

Porque hoje, coitadas, não passam de clichês. Pois é: chavão, lugar-comum, estereótipo. De tão usadas, por tanta gente e nas mais diferentes ocasiões, se gastaram.

Resultado: sim, em geral, elas devem ser banidas de todo texto que se quer competente. E belo, sedutor, original. Não tem pra onde correr (ui! outro).

O mais engraçado é que, na vida real (ui! mais outro), a gente pode usar clichês à vontade (ui, ui, ui!). Basta recheá-los com sentimentos verdadeiros.

Por exemplo: quer frase mais batida que "eu te amo"? Pois basta juntar um casal que se gosta de verdade, para a proposição ficar novinha. Para a gente pensar que ela nunca foi usada antes e nunca será usada novamente.

Mas, num texto, as boas intenções não bastam, infelizmente. Num texto, o que conta é o estilo. É mais ou menos como a mentira. Minta na vida real, mas não minta na ficção. Ninguém vai acreditar. Por que Gabriel García Márquez é um grande escritor? Entre inúmeras outras qualidades, ele não mente.

Uma pista para fugir do clichê? Pense com sua cabeça e escreva com sua mão. Não com as dos outros. Diga simples e diretamente o que quer dizer, com suas palavras. Sem esquecer que o segredo não é a supressão, mas a dosagem. Ninguém escapa do clichê. Mas todo mundo pode evitar os excessos.

sexta-feira, 2 de julho de 2010

Eu voltei agora pra ficar...rsrsrs


KKKKKKKKKKKK...
Volteiiiiiiii de novo!!
Sabe como são as coisas, as vezes a gente se "sobrecarrega" com montes e montes de coisas pra fazer e nem dá tempo de escrever aqui!
Mas é necessário escrever, necessário viver com a cabeça lotada de letras e imagens e palavras, que só dá pra se esvaziar e encher de novo se usar esse lugarzinho aqui...meio que um "brinquedinho de espremer idéias e ideais, e sei lá o quê que de vez enquando baixa na gente de vontade de dizer coisas mesmo que não sejam nossas mas que chegam por intermédio dessas outras idéias de outras "gentes" como a gente.
Sabe? Ou não!
Coisas que são muito parecidas com tudo que a gente acredita e tem vontade, ou discorda...Vira e mexe, e erro de português...Adoooooorooooooo!! No sentido de que o certo é gostoso mas um incorreto de vez em outra, dessa mistureba de locuções aquece o coração com risadas de que poderia ser aquilo mesmo, conseguiu expressar mesmo da sua forma que é certa de pensar mas "errada" de se escrever.
Adoro: É PROIBIDO PROIBIR mas amo dar o NÃO quando simplesmente a única resposta é: PORQUE DEUS QUIS ASSIM.
Bom, sei lá!
Tem idéia pulando pra lá e pra cá, com mil coisas ao mesmo tempo.
Isso sempre acontece depois de viajar.
Quando você está naquele lugar imagina que muitas pessoas já estiveram ali, fazendo essa mesma observação. Putz, ciclo louco! Ou sei lá, ninguém pára ali, e pensa isso, mas eu pensei e penso. Já foi, ou é, um começo!
Pra começar de novo!
Refazendo!
Refazenda. Adooooooooorooooooooooo!!
Beijooooooooo
Beijo é muito bom!