quarta-feira, 27 de abril de 2011

TAtoo!!:)


Quero ficar no teu corpo feito tatuagem
Que é pra te dar coragem
Pra seguir viagem
Quando a noite vem
E também pra me perpetuar em tua escrava
Que você pega, esfrega, nega
Mas não lava
Chico Buarque

terça-feira, 26 de abril de 2011

STRIP-TEASE!! Sou toda sua...



Strip-Tease



Chegou no apartamento dele por volta das seis da tarde e sentia um nervosismo fora do comum. Antes de entrar, pensou mais uma vez no que estava por fazer. Seria sua primeira vez. Já havia roído as unhas de ambas as mãos. Não podia mais voltar atrás. Tocou a campainha e ele, ansioso do outro lado da porta, não levou mais do que dois segundos para atender.

Ele perguntou se ela queria beber alguma coisa, ela não quis. Ele perguntou se ela queria sentar, ela recusou. Ele perguntou o que poderia fazer por ela. A resposta: sem preliminares. Quero que você me escute, simplesmente.
Então ela começou a se despir como nunca havia feito antes.

Primeiro tirou a máscara: "Eu tenho feito de conta que você não me interessa muito, mas não é verdade. Você é a pessoa mais especial que já conheci. Não por ser bonito ou por pensar como eu sobre tantas coisas, mas por algo maior e mais profundo do que aparência e afinidade. Ser correspondida é o que menos me importa no momento: preciso dizer o que sinto".

Então ela desfez-se da arrogância: "Nem sei com que pernas cheguei até sua casa, achei que não teria coragem. Mas agora que estou aqui, preciso que você saiba que cada música que toca é com você que ouço, cada palavra que leio é com você que reparto, cada deslumbramento que tenho é com você que sinto. Você está entranhado no que sou, virou parte da minha história."

Era o pudor sendo desabotoado: "Eu beijo espelhos, abraço almofadas, faço carinho em mim mesma tendo você no pensamento, e mesmo quando as coisas que faço são menos importantes, como ler uma revista ou lavar uma meia, é em sua companhia que estou".

Retirava o medo: "Eu não sou melhor ou pior do que ninguém, sou apenas alguém que está aprendendo a lidar com o amor, sinto que ele existe, sinto que é forte e sinto que é aquilo que todos procuram. Encontrei".

Por fim, a última peça caía, deixando-a nua
"Eu gostaria de viver com você, mas não foi por isso que vim. A intenção é unicamente deixá-lo saber que é amado e deixá-lo pensar a respeito, que amor não é coisa que se retribua de imediato, apenas para ser gentil. Se um dia eu for amada do mesmo modo por você, me avise que eu volto, e a gente recomeça de onde parou, paramos aqui".

E saiu do apartamento sentindo-se mais mulher do que nunca.


Martha Medeiros

domingo, 24 de abril de 2011

PÁSCOA FELIZZZZZZ!!!


Amar

Procure me amar quando eu menos merecer, porque é quando eu mais preciso

Falamos à beça de amor. Apesar das nossas singularidades, temos pelo menos esse desejo em comum: queremos amar e ser amados. Amados, de preferência, com o requinte da incondicionalidade. Na celebração das nossas conquistas e na constatação dos nossos fracassos. No apogeu do nosso vigor e no tempo do nosso abatimento. No momento da nossa alegria e no alvorecer da nossa dor. Na prática das nossas virtudes e no embaraço das nossas falhas. Mas não é preciso viver muito para percebermos nos nossos gestos e nos alheios que não é assim que costuma acontecer.

Temos facilidade para amar o outro nos seus tempos de harmonia. Quando realiza. Quando progride. Quando sua vida está organizada e seu coração está contente. Quando não há inabilidade alguma na nossa relação. Quando ele não nos desconcerta. Quando não denuncia a nossa própria limitação. A nossa própria confusão. A nossa própria dor. Fácil amar o outro aparentemente pronto. Aparentemente inteiro. Aparentemente estável. Que quando sofre não faz ruído algum.

Fácil amar aqueles que parecem ter criado, ao longo da vida, um tipo de máscara que lhes permite ter a mesma cara quando o time ganha e quando o cachorro morre. Fácil amar quem não demonstra experimentar aqueles sentimentos que parecem politicamente incorretos nos outros, embora costumem ser justificáveis em nós. Fácil amar quando somos ouvidos mais do que nos permitimos ouvir. Fácil amar aqueles que vivem noites terríveis, mas na manhã seguinte se apresentam sem olheiras, a maquiagem perfeita, a barba atualizada.

É fácil amar o outro na mesa de bar, quando o papo é leve, o riso é farto, e o chope é gelado. Nos cafés, após o cinema, quando se pode filosofar sobre o enredo e as personagens com fluência, um bom cappuccino e pão de queijo quentinho. Nos corredores dos shoppings, quando se divide os novos sonhos de consumo, imediato ou futuro. É fácil amar o outro nas férias de verão, no churrasco de domingo, nos encontros erotizados, nas festas agendadas no calendário do de vez em quando.

Difícil é amar quando o outro desaba. Quando não acredita em mais nada. E entende tudo errado. E paralisa. E se vitimiza. E perde o charme. O prazo. A identidade. E fala o tempo todo do seu drama com a mesma mágoa. Difícil amar quando o outro fica cada vez mais diferente do que habitualmente ele se mostra ou mais parecido com alguém que não aceitamos que ele esteja. Difícil é permanecer ao seu lado quando parece que todos já foram embora. Quando as cortinas se abrem e ele não vê mais ninguém na plateia. Quando até a própria alma parece haver se retirado.

Difícil é amar quando já não encontramos motivos que justifiquem o nosso amor, acostumados que estamos a achar que o amor precisa estar sempre acompanhado de explicação. Difícil amar quando parece existir somente apesar de. Quando a dor do outro é tão intensa que a gente não sabe o que fazer para ajudar. Quando a sombra se revela e a noite se apresenta muito longa. Quando o frio é tão medonho que nem os prazeres mais legítimos oferecem algum calor. Quando ele parece ter desistido principalmente dele próprio.

Difícil é amar quando o outro nos inquieta. Quando os seus medos denunciam os nossos e põem em risco o propósito que muitas vezes alimentamos de não demonstrar fragilidade. Quando a exibição das suas dores expõe, de alguma forma, também as nossas, as conhecidas e as anônimas. Quando o seu pedido de ajuda, verbalizado ou não, exige que a gente saia do nosso egoísmo, do nosso sossego, da nossa rigidez, para caminhar ao seu encontro.

Difícil é amar quando o outro repete o filme incontáveis vezes e a gente não aguenta mais a trilha sonora. Quando se enreda nos vícios da forma mais grosseira e caminha pela vida como uma estrela doída que ignora o próprio brilho. Quando se tranca na própria tristeza com o aparente conforto de quem passa um feriadão à beira-mar. Quando sua autoestima chega a um nível tão lastimável que, com sutileza ou não, afasta as pessoas que acreditam nele. Quando parece que nós também estamos incluídos nesse grupo.

Difícil é amar quem não está se amando. Mas esse talvez seja o tempo em que o outro mais precise se sentir amado. Para entender, basta abrirmos os olhos para dentro e lembrar das fases em que, por mais que quiséssemos, também não conseguíamos nos amar. A empatia pode ser uma grande aliada do amor.

Ana Jácomo

quarta-feira, 20 de abril de 2011

Song, sing, song!!!!


Música para Bebés
Por Catarina Teixeira (Artigo publicado na revista Flor de Lótus)
A música faz parte da vida do Homem desde tempos imemoriais, e está intimamente ligada ao bem-estar físico, mental, emocional e espiritual, mas só nas últimas décadas, graças ao interesse da comunidade científica, se conseguiu perceber a real influência dos sons, tons e vibrações no nosso desenvolvimento e evolução.
Desde sempre, e nas mais variadas culturas, é costume a mãe cantar canções de embalar ao seu bebé, quer esteja ainda dentro do útero, ou já tenha nascido. Crê-se que esses primeiros sons, essas harmonias cantadas ao bebé durante a gestação, eram as primeiras lições de linguagem, e os primeiros laços emocionais estabelecidos entre mãe e filho. Hoje em dia as investigações e estudos levados a cabo sobre a audição pré-natal, mostram-nos muito mais sobre o misterioso mundo da vida intra-uterina.
A par do tacto, do paladar e do cheiro, a audição é um dos sentidos que se desenvolve dentro do útero da mãe, e que tem um papel muito importante na ligação do bebé com o mundo exterior. Os bebés conseguem ouvir em pleno a partir do 5º mês de gestação, é através deste sentido que terão o seu primeiro contacto com o mundo fora do ventre, e com a voz da mãe e do pai.
O ambiente intra-uterino vai afectar profundamente o desenvolvimento da personalidade e do cérebro do bebé, uma vez que no momento do nascimento ele já tem todos os neurónios em funcionamento, e já partilhou uma série de experiências e memórias com os progenitores. Isto significa que o desenvolvimento cerebral começa ainda dentro do ventre, e que, com o estímulo certo, podemos melhorá-lo.
Inúmeros estudos concluem que ouvir música dentro do útero e nos primeiros anos de vida, ajuda a estimular o cérebro, o desenvolvimento educacional e emocional, melhora a saúde, acalma, tranquiliza, e fortalece os laços familiares.
Após o nascimento, os bebés que ouviram música estimulante durante a gestação reagem de diversas formas quando ouvem músicas ou sons familiares: viram a cabeça na direcção do som, ficam quietos e atentos, alteram a expressão facial, chegando mesmo a sorrir, e chucham com mais energia. O ritmo cardíaco diminui, a respiração torna-se mais regular, e o abdómen relaxa. O choro acalma, e o bebé descontrai de uma forma geral. Isto acontece porque os bebés recordam os sons que ouviram com mais frequência durante o período de gestação ao longo do primeiro ano de vida.
Nos primeiros tempos após o nascimento, a música pode também desempenhar um papel muito importante na adaptação do bebé ao seu novo ambiente, fazendo-o recordar-se da sensação de segurança e confiança que sentia dentro do ventre, tranquilizando-o e acalmando-o. E um bebé tranquilo é um bebé feliz.
Catarina Teixeira
Zen Babies
music@zen-babies.com

terça-feira, 19 de abril de 2011

THE SPIRIT CARRIES ON


O Espírito Segue
11) Cena Oito: O Espírito Segue (06:38)
- John Petrucci

[Present]
[Nicholas:]
De onde nós viemos?
Porque estamos aqui?
Para onde nós vamos quando morremos?
O que há além
E o que havia antes?
Alguma coisa é certa na vida?

Eles dizem, "A vida é muito curta"
"O aqui e o agora"
e "Você só tem uma chance"
Mas poderia haver mais,
Eu vivi antes?
Ou isso seria tudo que nós temos?

Se eu morresse amanhã
Eu estaria bem
Porque eu acredito
Que após nós morrermos
Que o espírito segue

Eu costumava ter medo da morte
Eu costumava achar que a morte era o fim
Mas isso foi antes
Eu não estou mais assustado
Eu sei que minha alma transcenderá

Eu posso nunca encontrar as respostas
Eu posso nunca entender por quê
Eu posso nunca provar
O que eu sei ser verdade
Mas eu sei que eu ainda tenho que tentar

Se eu morresse amanhã
Eu estaria bem
Porque eu acredito
Que após nós morrermos
Que o espírito segue

[Victoria:]
"Siga adiante, seja bravo
Não chore no meu túmulo
Porque eu não estou mais aqui
Mas por favor nunca deixe
Suas lembranças de mim desaparecerem"

[Nicholas:]
Seguro na luz que me rodeia
Livre do medo e da dor
Minha mente questionadora
Tem me ajudado a achar
O significado na minha vida de novo
Victoria é real
Eu finalmente sinto
Em paz com a garota nos meus sonhos
E agora que eu estou aqui
Está perfeitamente claro
Eu descobri o que tudo isso significa

Se eu morresse amanhã
Eu estaria bem
Porque eu acredito
Que após nós morrermos
Que o espírito segue

segunda-feira, 18 de abril de 2011

I MISS YOU


Hoje aconteceu!
Depois de uma noite com um sonho confuso, aflitivo e sei lá, muitas coisas passando de um lado para o outro.
Deu uma vontade, bateu uma saudade, veio uma sensação. O que fazer em meio aos sentimentos conturbados. De manhã caminhei para ver se aquela saudade iria embora. Quer saber?
Ela vai e volta. Fixa no meu pensamento, às vezes tenho a sensação de que nunca mais vai embora.
Sou movida a músicas!
Cheiros me remetem a lugares, pessoas, situações...tudo.
Abraços, beijos, deja vú...Amo!
Me invade então, deixa essa sensação preencher algo que está aflorando!!
Fecho os olhos e sinto tudo!
Apenas um desabafo!!

|...Why is this other life
Haunting me every day
I'd break through to the other side
If only I'd find the way

Something's awfully familiar
The feeling's so hard to shake
Could I have lived in that other world
It's a link that I'm destined to make

I'm still searching but I don't know what for
The missing key to unlock my mind's door

Today I am searching for it
A feeling that won't go away
Today I am searching for
The only one I know
Trying to break free

I just can't help myself
I'm feeling like I'm going out of my head
Tears my soul into two
I'm not the one I thought I always knew

I just can't help myself
I'm feeling like I'm going out of my head
Uncanny, Strange Deja Vu
But I don't mind- I hope to find the truth...|
(DREAM THEATER)

Envelhecer sem medo de viver e ser felizzzzzz...


EXTRAÍDO DO SITE BOLSA DE MULHER:


"Como a morte, envelhecer é inevitável. Mesmo assim, ver a pele ganhar rugas e o corpo perder a mobilidade pode causar um sofrimento profundo. Mas aprender a conviver com o passar dos anos traz, além de amadurecimento, felicidade.


Por Laura Jeunon • 13/05/2005


A única certeza que existe na vida é a morte. Quem nunca ouviu alguém fazer essa sábia afirmação? Ou, então, quem não se lembra daquela frase que aprendemos - no primário, talvez – que diz que os animais nascem, crescem, se reproduzem e morrem? Essas duas sentenças mostram que as pessoas têm consciência do destino inevitável de todos os seres humanos. Entretanto, não basta saber que envelhecer faz parte do percurso da vida.
Numa sociedade regida pela lógica capitalista de que o novo é sempre melhor, tornar-se velho é praticamente um tabu. E a preciosa maturidade – que aflora somente quando as pernas já não têm a mesma firmeza – não é valorizada a ponto de fazer as últimas fases da vida serem ainda melhores. Deveria mesmo ser assim?Se até quem é jovem precisa lutar para se encaixar nos padrões de beleza atuais, quando a idade vai chegando, a cobrança é ainda maior.
A mãe de Renata C. Almeida era de parar o trânsito quando era moça. "Minha mãe era o maior mulherão, o modelo de beleza na época. Tinha bundão e cinturinha fina. Na rua, ela era confundida com a Martha Rocha, a miss", conta a filha. Hoje com 73, a mãe de Renata desenvolveu algumas estratégias para ganhar ares de mais nova. “Ela prefere ficar um pouco mais cheinha, porque quando emagrece o rosto afina muito e ela fica com cara de quem está doente, aparentando mais idade. Ela também usa roupas jovens, coloridas, sandálias modernas, não para parecer garotinha, mas porque é vaidosa. Sempre foi! Ela sabe se cuidar e se valorizar”, assegura Renata.Sem dúvida, cuidar do corpo e procurar estar sempre bonita é uma maneira de amenizar a sensação de envelhecimento e, principalmente, estar bem consigo mesma.


O problema é quando a vaidade torna-se uma obsessão. Mulheres que fazem uma plástica atrás da outra, por exemplo, provavelmente escondem uma grande angústia. “Casos como esse evidenciam uma imaturidade para lidar com estas novas etapas da vida. Um medo, por vezes infantil, de perder seu valor. É comum encontrarmos isso em mulheres que não conseguiram desenvolver bem seu papel enquanto ser feminino e acabam baseando a sua identidade quase que exclusivamente em sua aparência”, explica a psicóloga Ângela K. Marigny.Isso não significa que a preocupação em ver que o corpo já não é mais o mesmo dos tempos “áureos” – como se diz – não seja normal. “O novo sempre causou medo nos seres humanos. Assim é com a velhice, uma nova fase na vida, que devemos primeiro conhecer, para depois aprendermos a lidar com ela da melhor maneira possível”, orienta Ângela.


Segundo Carlos Bein, também psicólogo, a preocupação com o envelhecimento faz parte de um instinto de conservação presente nos humanos, que faz com que a morte assuste. “Contemplar o avanço da velhice no espelho, faz-nos lembrar que o nosso momento final vai se aproximando. Às vezes leva a pessoa a questionar erros cometidos no passado e querer recuperar o tempo perdido. Há também a perda de aptidões físicas e psíquicas, o corpo não agüenta o que agüentava na juventude, a memória falha, assim como o desempenho sexual. E, sem dúvida, tudo piora se o entorno cultural devolve uma imagem negativa da pessoa idosa e ignora os valores que vão se adquirindo com o transcorrer dos anos”, argumenta o psicólogo.


Será, então, que a maioria das pessoas tem enxergado a velhice de uma maneira distorcida? “A nossa sociedade está cada vez mais dominada pelas relações mercantis. A produção industrial valoriza a mão-de-obra jovem, porque ela tem menos problema de saúde, resiste mais à fadiga, exige menor salário, tem conhecimentos mais atualizados e mais facilidade de se adaptar a mudanças. E se o mercado valoriza mais o jovem, isso se traduz na desvalorização das pessoas de mais idade”, deduz Carlos Bein.


Só que nem sempre foi assim, pode acreditar. “Em outros momentos históricos e em outras culturas, era atribuído um valor à figura do homem e da mulher idosa que raramente lhes é outorgado hoje em dia”, garante ele.Se, por um lado, o passar dos anos prejudica a forma física, por outro, é somente o acúmulo de experiências que enriquece a mente. “O equilíbrio, ponderação e tranqüilidade que a idade traz são qualidades que muitas pessoas almejam”, afirma Ângela.


A dentista Áurea Maria de Souza, de 54 anos, assegura que não trocaria a idade dela pela de sua filha, que tem 22 aninhos. “É horrível, sim, ver o corpo definhando. Mas sinto com muita força como a idade me fez bem. Talvez porque tive uma história muito atrapalhada, vivi muita ansiedade, depressão e angústia na juventude. Sei o lado negro da vida e só quem me tirou dele foi a minha maturidade. As coisas se arrumam dentro da gente, você aceita melhor os seus limites. Perde no físico, mas ganha no espírito”, diz ela, lembrando que o amadurecimento é um processo lento e que não cessa nunca. “Somente ao longo do tempo é que conseguimos refletir. Amadurecer te traz paz em relação ao mundo e as pessoas. Eu ainda sonho em conseguir superar meus traumas, em criar sabedoria, em poder ser útil para os meus filhos e futuros netos”, confessa Áurea.


Assim como a morte, envelhecer é inevitável. Saber aceitar essa condição é um dos maiores segredos para ter felicidade quando a juventude já deu adeus há tempos. Se não, a pessoa acaba passando toda a segunda metade da vida na angústia de não poder voltar a desfilar na praia com aquele biquíni que mal cabia na palma da mão. Se você se encaixa nesse perfil, saiba que sempre é tempo de mudar. “O primeiro passo é tentar colocar os valores sociais em segundo plano e mergulhar no próprio interior a procura da verdade pessoal. Existe no ser humano uma capacidade natural para envelhecer de um modo harmônico.
Na medida em que essa capacidade é cultivada, a pessoa começa a se sentir melhor com ela mesma. Por sua vez, quem está ao redor também se sente melhor com ela, produzindo um fluir de energias que faz com que a autoconfiança aumente cada vez mais”, conclui Carlos Bein."

domingo, 17 de abril de 2011

Você é tudo de bom!!!


Tudo começa com bons pensamentos...

por Maria Silvia Orlovas - morlovas@terra.com.br


De fato tudo na vida começa com bons pensamentos, mas, e como as coisas terminam?
Para esta pergunta cabem muitas respostas, pois o desenrolar da vida depende de cada um de nós, das nossas atitudes diárias e também do nosso karma que nos coloca para vivenciar as mais diversas situações que semeamos como escolhas e pendências de vidas passadas.

Ainda hoje, depois de tantos anos atendendo fico impressionada como as pessoas repetem os padrões, como a vida presente da maioria dos meus clientes é um reflexo de suas vidas passadas. Em princípio, pensava como a maioria na ação e na reação, num raciocínio básico. Se fiz alguma coisa tenho que pagar pelo mal feito. Mas descobri que existem importantes nuances dessa lei. Uma das nuances acontece quando o indivíduo fica preso às suas crenças negativas e mesmo depois de já ter se penitenciado de ações ruins do passado como, por exemplo, ter sido um guerreiro e arruinado famílias, tendo causado para si a experiência de não se sentir aceito pela sua família ou de ser privado da companhia de pessoas amorosas e boas, não consegue se livrar desse condicionamento.

Sempre coloco esse pensamento para meu cliente: Ok, amigo, você já viveu isso e, agora, por que não continuar de outra forma, por que não se abrir para outras experiências? Mesmo nessa vida, você não muda o passado. Se por acaso não teve uma infância feliz, você não pode retornar e fazer de novo. Mas você pode perdoar seus pais, você pode criar para si mesmo relacionamentos com mais compreensão e amor. Pois muitas vezes a herança dessa existência pode ser negada. Por que você vai carregar com você as memórias de um pai cruel, bêbado ou de uma mãe cheia de críticas e mal humor? Você não precisa imitá-los, nem guardar a revolta pensando na pobre criança indefesa que você foi um dia.

Na realidade, o sofrimento causa marcas no corpo emocional e a alma inconsciente fica vivendo e revivendo os fatos desta e de outras vidas, ficamos vibrando nossas incertezas e seguimos vida afora usando os poucos recursos emocionais que aprendemos. Se meu pai gerou em mim sentimento de abandono, vou passar a vida inteira sem acreditar nas pessoas?

Não precisa ser assim. Somos fortes, somos seres de luz. Quando percebemos que estamos negativos, pesados, com pena de nós mesmos pelas tristezas da vida, precisamos mudar e, ao mesmo tempo, não colocar nos outros a nossa felicidade. As pessoas podem participar da nossa vida, mas não devem carregar o peso dessa responsabilidade. E em todas as nossas relações a forma de cada um agir terá enorme poder.

Se você está carente, cuidado, não releve as atitudes do parceiro, não feche os olhos para o que a vida está mostrando. Porque muitas vezes quando estamos infelizes com nossa caminhada criamos salvadores, damos poder a outras pessoas e outras situações. Tipo: Se conseguir esse trabalho, tudo será diferente. Se essa pessoa me amar serei feliz. Se me casar e constituir família, encontrarei felicidade. Na verdade, tudo isso é muito bom, mas dependerá das pessoas envolvidas fazer a vida dar certo. Algumas coisas dependerão de você mas, outras não.

Assim, comece sua história com bons pensamentos e tente com discernimento manter-se assim.

terça-feira, 12 de abril de 2011

Te empurrando contra a parede...rsrsrs


Born to be Wild
Get your motor running
Head out on the highway
Lookin' for adventure
In whatever comes our way

Yeah, darlin', gonna make it happen
Take the world in a love embrace
Fire all of your guns at once and
Explode into space

I like smoke and lightning
Heavy metal thunder
Racin' with the wind
And the feeling that I'm under

Yeah, darlin', gonna make it happen
Take the world in a love embrace
Fire all of your guns at once and
Explode into space

Like a true nature's child
We were born, born to be wild
We can climb so high
I never want to die
Born to be wild
Born to be wild

Get your motor running
Head out on the highway
Lookin' for adventure
In whatever comes our way

Yeah, darlin', gonna make it happen
Take the world in a love embrace
Fire all of your guns at once and
Explode into space

Like a true nature's child
We were born, born to be wild
We can climb so high
I never want to die
Born to be wild
Born to be wild

AIMEE- OZZYYYYYYYYYY!!


Aimee
Tell me what do I do about it
When you break down and cry
I try to give you all my love and affection
Please believe me
I try
Oh Aimee
I know I've been unkind
I guess I wasn't much of a friend
Oh Aimee
Let's leave it all behind
Cause I'm gonna love you
I'm gonna love you
Im gonna love you ''Til the end

Aimee
There's so much you give me
So much to live for
When I'm feeling down
You just turn it around
And the pain Isn't there anymore
Oh Aimee
I know I've been unkind
I guess I wasn't much of a friend
Oh Yeah
Aimee
Let's leave it all behind
Cause I'll always love you
I'll always love you
I'll always love you "Til the end

Angel in the night
You'll be my angel in the night
Angel in the night
You'll be my angel in the night
Angel in the night
You'll be my angel in the night

Dont' ever tell me lies
Cause I'll always be your friend
And I'm gonna love you
I'm gonna love you
Im gonna love you 'Til the end

So tell me what do I do about it
When you break down and cry
I try to give you all my love and affection
Please believe me
I try
Oh Aimee
I know I've been unkind
I know I wasn't much of a friend
Oh Yeah
Aimee
Let's leave it all behind
Cause I'm gonna love you
I'm gonna love you
I'm gonna love you 'Til the end

Angel in the night
You'll be my angel in the night
Angel in the night
You'll be my angel in the night
Angel in the night
You'll be my angel in the night

Please be my angel in the night

segunda-feira, 11 de abril de 2011

ONDE ESTIVER, EU TE AMO!


A difícil arte de amar ao próximo!
por Flávio Bastos - flaviolgb@terra.com.br

A arte de amar, habilidade humana que expressa, acima de tudo, sentimentos, mas também desejo e transcendência, é um aprendizado que o homem busca desde tempos imemoriais.

Durante a sua longa trajetória sobre a face da Terra, o ser inteligente confundiu amor com paixão e posse. Essa confusão permanece em pleno século 21, muito em função do principal vício do ego, que é o apego excessivo a si mesmo, em detrimento de interesses alheios, chamado egoísmo.

Em decorrência do egoísmo, surge o egocentrismo, ou seja, o eu observado como o centro da vida que acompanha o ser dotado de livre-arbítrio até os dias atuais, nublando a sua visão e limitando a percepção a respeito do amor.

A incompreensão do amor, fundamentada em fatores psíquicos e espirituais que se combinam, resultam no ser inseguro, carente, que procura no outrem a satisfação que não encontra em si mesmo.

Amar a si mesmo é tão difícil como amar ao próximo sem interesse de posse ou uso pessoal. No entanto, essa é a "regra" para amar e nos sentirmos, verdadeiramente, amados.

O desafio de aprender a amar, passa pelo exercício de desapego do eu e seus mais conhecidos vícios, o egoísmo e o orgulho, pois, conhecer a si mesmo é conhecer o outrem o suficiente para entender que somos todos iguais, tanto nas experiências de sofrimento e dor, quanto nas experiências de alegria e amor.

O desprendimento do eu, associado à sensação de igualdade é a energia que move os espíritos comprometidos com a caridade humana. A visão de amor além de nossas necessidades básicas ou narcísicas, representa um considerável avanço do espírito no sentido de seu amadurecimento. Estágio que alcançaram espíritos como Chico Xavier, Madre Teresa de Calcutá e Francisco de Assis, entre outros.

No âmbito do trabalho voluntário, tudo é válido quando a vontade é o amor que move as intenções. Nessas situações, de transparência e abnegação, a tarefa flui com a ajuda invisível da Fonte Universal.

Trabalhar em centros espiritualistas de cura, por exemplo, é uma das experiências mais gratificantes para aquele que busca o aprendizado do amor em outro nível. Lidar com os mais diversos casos que se apresentam nas cabines de atendimento, e praticar o amor ao próximo, intuído ou orientado pela invisível energia, é uma experiência inesquecível.

São médiuns professores, profissionais liberais, donas de casa, aposentados, estudantes, entre outros, que se reúnem em nome do Amor Maior para o atendimento dos mais variados casos, desde os mais simples aos mais complexos. Nas paredes das salas de atendimento, as imagens de Jesus Cristo e Bezerra de Menezes... e a presença "invisível" das equipes espirituais que orientam o trabalho mediúnico.

"Onde estiverem dois ou mais reunidos em meu nome, lá eu estarei" (Jesus Cristo).

Para compreendermos o amor na sua amplitude e completude, devemos praticar o amor não egóico, aquele que nos aproxima do outrem sem interesses que não seja o de ajudar. E no âmbito da caridade associado ao trabalho voluntário, à medida que vivenciamos a tarefa em prol do próximo ou de uma causa nobre, a difícil arte de amar passa a ser melhor compreendida e aplicada no dia a dia de nossas vidas. Tudo é uma questão de aprendizado e mérito.

O merecimento é o prêmio pelas pequenas conquistas do espírito em seu processo evolutivo. Nada muito diferente do que acontece na nossa experiência vital, quando atingimos metas após superar dificuldades encontradas pelo caminho.

E o prêmio para aquele que busca o aprendizado no amor, é o conhecimento adquirido com a prática fundamentada na humildade de servir. Bônus espiritual que lhe proporcionará um melhor nível de lucidez e discernimento em relação ao significado da vida.

Lucidez e discernimento que representam, a médio e longo prazo existencial, uma gama de benefícios, a começar pela conquista do equilíbrio psíquico-espiritual - a paz interior - que é a ferramenta de cura de nossas atávicas imperfeições...

Na teia da vida universal, somos um todo indivizível, e a arte de amar ao próximo como a nós mesmos, a maior conquista do espírito imortal.

domingo, 10 de abril de 2011

Quando o amor acontece...


Quando o amor acontece.

Quando o amor acontece…
A vida torna-se mais
suave e delicada.
O mundo ganha novas cores
tudo passa a ser belo
dentro de nós.
Porque o amor faz a vida ser o
sonho lindo de viver.



Quando o amor acontece…
O coração fica leve,
cheio de encantos,
a alma fica iluminada,
Porque o amor está lá,
fazendo a diferença dentro
do nosso ser.



Quando o amor acontece…
Ficamos com os que sonham,
porque a vida torna-se em
um sonho belo dentro da

realidade de viver o amor.



Quando o amor acontece…
Tudo fica abençoado,
porque o amor é divino para
a nossa vida,
ele é o dom maior que
temos dentro do
nosso coração.



Quando o amor acontece…
A emoção toma conta da
nossa vida, fazendo com

que a razão torne-se na

suavidade dentro
do nosso coração.



Quando o amor acontece…
O romantismo que
temos guardado dentro
de nós, aflora em nossa pele,
fazendo com que passemos a
sonhar acordados
com a beleza do amor.



Quando o amor acontece…
É nesse momento que
sabemos como somos
privilegiados pela vida,
porque o amor
nos escolheu para
amá-lo,
tornando a vida
o sonho
lindo de viver.



Você já o encontrou…?

Está vendo o seu rosto…?

Eu o vejo…e o seu rosto é

De uma beleza indescritível…

É a beleza do grande sentimento.

Ana Maria Marcondes

quarta-feira, 6 de abril de 2011

Uni, duni...Eba!


Escolhas
Elisabeth Cavalcante

Um dos maiores entraves para que levemos uma vida de harmonia e paz é o medo de decidir. Quando se trata de fazer escolhas, muitos de nós sentem-se indecisos, confusos e temerosos de tomar a decisão errada.

Por que será que, na maioria das vezes, duvidamos de nossa capacidade de escolher o melhor caminho? Certamente, porque costumamos nos guiar pela mente, pois isto é o que nos foi ensinado que a razão é o unico mestre confiável.

Ocorre que nem sempre o que a razão determina é o que nos fará feliz. A maior parte das escolhas ditadas pela mente têm como fonte valores que nos foram impostos pelo mundo exterior. E se baseiam em sua maioria no medo, na tentativa de nos protegermos de que algo dê errado.

Então, quando nos guiamos por elas, o resultado pode ser desastroso, visto que tende a nos levar na direção contrária do que nosso coração deseja.
Como mudar este padrão de comportamento? A observação consciente é o único caminho.

Se aprendermos a nos manter alertas, seremos capazes de perceber quando a mente tentar nos direcionar para a insegurança e a sensação de ameaça, diante de uma escolha.

A diferença essencial entre aquele que toma atitudes conscientes e o que se guia apenas pelas regras alheias, é que o primeiro está disposto a pagar o preço que for preciso para seguir o seu coração.

O segundo precisa sempre de garantias antecipadas de que a opção que fará é a mais acertada. Mas, a certeza absoluta de que algo nos fará felizes, só virá a partir da experiência. Por mais que tentemos prever o resultado, nada é garantido antes que vivenciemos de modo real, concreto, uma situação.

Então, a saída é aprender a confiar em nosso insight, naquilo que nossa visão interior apontar como o que necessitamos para alcançar a felicidade. Mas, nenhum insight poderá ser percebido se estivermos tomados pela energia do medo. Ela bloqueia toda a qualquer capacidade de percebermos nossas intuições.

Confiar nesta percepção, sem se importar em querer seguir padrões impostos, é a unica forma de decidir sem que a dúvida esteja presente.
E, ainda que erremos, este erro não deve ser tomado como um fracasso, mas apenas como uma etapa em nosso permanente processo de aprendizado.

...."Revelação é a liberdade.... Insight é a liberdade: Você não precisa de nada, você simplesmente precisa de insight.

Você simplesmente tem que olhar para as coisas - como elas são, como funcionam, como funciona o desejo - que é tudo. Que isto seja muito, muito claro: que a percepção é a liberdade. Você não precisa lutar por liberdade, você só tem que olhar para as coisas, como elas funcionam. Como você tem vivido até agora, olhe para isto. Como você ainda está vivendo este momento, olhe para isto! ...

E quando a verdade aparece, ela transforma você. Isso é o que Jesus quer dizer quando diz: A verdade liberta, nada mais. - nem doutrinas, nem teorias, nem dogmas, nem escrituras. Só a verdade liberta.

Mas não se pergunte como obter a verdade. Se você coloca o 'como', você traz o desejo. O 'como' é o gerente de sua mente desejante. Ele sempre diz: 'Como? Como fazer isso? '

Não é uma questão de fazer. Basta vê-lo, basta ver a forma como ela é. Veja como sua mente continua a funcionar, como tem funcionado até agora..

"Insight é liberdade, clareza traz imparcialidade. Quando você é claro, você não precisa escolher, você escolhe só porque você está confuso.

Escolha é da confusão - "Devo ir por este caminho, ou por aquele, desta ou daquela maneira?" Você está confuso, você não pode ver, então você está oscilando....Devo meditar, não devo meditar? Se eu amo essa mulher, não devo amar essa mulher? Devo fazer nessa direção ou naquela direção?

Essas coisas existem porque você não tem clareza. E os seus assim chamados professores de religião, os seus assim chamados sacerdotes religiosos, seguem dizendo o que você deve fazer.

Isso não é obra de um verdadeiro mestre, são os pseudo-mestres. Você vai a eles com uma mente confusa, e você diz, 'eu tenho duas alternativas A e B. O que devo fazer? ' E eles dizem: 'Você faz um - um é certo, b está errada. " Eles não ajudam. Eles não lhe dão a claridade. Eles simplesmente lhe dão algo para se agarrar, lhe dão a noção de certo e errado.

...O mestre real nunca lhe dá alguma idéia de certo e errado, ele simplesmente dá uma idéia ....E isso é o Buda diz, estas foram suas últimas palavras quando estava saindo do mundo. Seus monges começaram a chorar e chorar. Ele disse: 'Chega de bobagem! Ouçam-me: Seja uma luz para si mesmo. Lembre-se, estas são minhas últimas palavras. Seja uma luz para si mesmo: ".

O que é essa luz? Essa clareza de ver as coisas. Se é morte, ver a morte. Se é amor, ver o amor. Se é a vida, ver a vida. Se for raiva, ver a raiva... se você tem a capacidade de ver as coisas, você será capaz de ver o óbvio. Uma vez que o óbvio seja conhecido como óbvio, a escolha desaparece.

Isso é o que Krishnamurti quer dizer quando ele diz: "Seja sem escolha. Mas você não pode ser sem escolha, você não pode escolher imparcialidade. Você não pode decidir um dia: 'Agora, a partir de agora vou ser sem escolha "- esta é uma escolha.

Imparcialidade não pode ser escolhida, o não desejo não pode ser desejado, o não-apego não pode ser praticado. Esta é a mensagem do Zen: Olhe para as coisas e o óbvio se revelará. E quando você sabe que esta é a porta e esta é a parede, você não precisa escolher para onde ir, vai até a porta. Você não pode colocar a pergunta: "Devo ir através da parede ou da porta? Você simplesmente vai através da porta".
OSHO
Zen: O Caminho do Paradoxo.

segunda-feira, 4 de abril de 2011

Faxina geral


Faxina geral


Estava precisando fazer uma faxina em mim… Jogar alguns pensamentos indesejados fora, lavar alguns tesouros que andavam meio enferrujados. Tirei do fundo das gavetas lembranças que não uso e não quero mais. Joguei fora alguns sonhos, algumas ilusões. Papéis de presente que nunca usei, sorrisos que nunca darei; joguei fora a raiva e o rancor das flores murchas que estavam dentro de um livro que não li. Olhei para meus sorrisos futuros e minhas alegrias pretendidas e as coloquei num cantinho, bem arrumadinhas, com bastante cuidado. Tirei tudo de dentro do armário e fui jogando no chão: paixões escondidas, desejos reprimidos, palavras que nunca queria ter dito, mágoas, lembranças de um dia triste. Mas lá também havia coisas e boas. Aquela lua cor de prata, um pôr do sol, uma música. Fui me encantando e me distraindo, olhando para cada uma daquelas lembranças. Aí, sentei no chão, para poder fazer minhas escolhas. Joguei direto no saco de lixo os restos daquilo que pensei ser amor; peguei palavras cheias de mágoas que estavam na prateleira de cima, e também joguei fora, no mesmo instante. Outras coisas que ainda me ferem, coloquei num canto para depois ver o que farei com elas, talvez as mande para o lixão. Aí, fui naquele cantinho, naquela gaveta que a gente guarda tudo o que é mais importante: o Amor, a Alegria, os Sorrisos e a Fé. Arrumei com carinho o amor encontrado, dobrei direitinho os desejos, coloquei perfume na esperança, passei um paninho na prateleira das minhas metas, deixei-as à mostra, para não perdê-las de vista. Coloquei nas prateleiras de baixo algumas lembranças da infância, na gaveta de cima as da minha juventude e, pendurado bem à minha frente, coloquei a minha capacidade de amar e de recomeçar.

- Carlos Favaro Fanta

Tudo na mais santa paz...

sexta-feira, 1 de abril de 2011

Essa é a graça, não entender nada...hehe


Para entender os outros

Danuza Leão


Viver é complicado? É, um pouco. E como tornar a vida mais fácil? Entre outras coisas, aprendendo que todos nós temos um código e, quando passamos a conhecer o nosso, e o dos outros, tudo fica mais suave. Dentro da família podemos ter mãe, pai, dois irmãos, três tias, cinco primas, marido, filhos... É preciso entender o idioma de cada um para não viver num planeta em que cada pessoa fala uma língua diferente. Sabe quando você ouve no telefone a frase “então te ligo; quem sabe a gente vai jantar?”. Pois isso talvez queira dizer várias coisas: pode ser apenas uma desculpa para desligar o telefone, pois o assunto não está interessando; pode ser que a pessoa esteja esperando uma ligação e não queira ocupar a linha; pode ser que tenha começado o telejornal, e mais 300 razões diferentes, algumas inimagináveis. Os horários, por exemplo: um encontro marcado para nove da noite pode significar nove e meia; entre dez e meia e onze; e em alguns casos até nove horas mesmo. Agora, se você conseguir decodificar o idioma da pessoa, não vai se irritar de ficar esperando duas horas, porque já sabe que, quando ela diz nove, está querendo dizer onze, certo? São essas filigranas que desgastam a relação e você deve fazer todos os esforços para evitar que isso aconteça.
Um capítulo sujeito a muitos mal-entendidos é o do amor. Quando um homem diz “eu te amo”, é possível traduzir isso de umas 500 maneiras, só que as mulheres costumam ouvir sempre da mesma. A mais frequente é ele dizer um “eu te amo” e ela ouvir um “quero me casar com você”, sendo que a maior parte das vezes ele diz “eu te amo” querendo dizer “quero transar com você”. Complicado? Nem tanto; apenas uma questão de tradução. Essa declaração de amor pode também querer dizer que ele está te amando profundamente naquele momento, e não que esteja propondo fundar um lar. E dependendo de quantos copos de vinho ele tiver tomado, da luz e da música que estiver tocando, pode até pintar uma proposta de morarem juntos, o que não quer dizer que você deva levar ao pé da letra. E é melhor mesmo que não leve. Mas as mulheres adoram ser pedidas em casamento, e a qualquer sinal de vitória – porque é uma vitória – passam a amarrar a coisa. Costumam começar com um “na sua casa ou na minha?” e, dependendo, mais uma vez, de estarem na segunda ou terceira garrafa de vinho, dali meia hora ela já está falando na decoração, se vão usar o mesmo computador ou se é melhor cada um ter o seu. Quanto a ele – todos sabem que o álcool provoca amnésia, principalmente no homem. Ele sai todo lampeiro, volta para seu adorado espaço, a coisa mais preciosa que acha que tem, e vai ficar surpreso quando telefonar na quarta-feira perguntando “vamos pegar um cineminha?”, e ela atender de mau humor. Se um dia homem e mulher falarem a mesma língua podem começar a se entender. Mas nem todas as coisas têm de ser traduzidas, porque aí pode ficar tudo tão sem graça que o amor desapareça da face da Terra.