sábado, 5 de dezembro de 2009

As loucuras do amor


"Pedro e Inês, Romeu e Julieta, Tristão e Isolda, Jack e Rose... Por sua amada, o rei de Portugal ordenou a execução de seus assassinos. De um deles o coração deveria ser extraído pelo peito. Do outro, pelas costas. Por uma Capuleto, o enamorado Montecchio se envenenou. Pela bela ruiva da primeira classe, o humilde desenhista morreu congelado. Ainda que não passem de lendas ou ficção, histórias de casais apaixonados inspiram loucuras de amor que extrapolam os limites das páginas de livros ou telas de cinema - sem trilha sonora comovente, é claro, mas nem por isso de maneira menos sensacional. Ou será a decisão de um estudante de 15 de resolver fugir de casa para outro lugar no qual ele e sua namorada pudessem ficar juntos sem empecilhos não é loucura o suficiente? A não ser que nunca o tenham avisado, o jovem Maurício Muniz não faz parte do elenco de nenhum filme de paixões arrebatadoras. Mas foi exatamente isso que ele fez. “Os pais dela [Amanda, a namorada] não deixavam a gente namorar, aí a gente decidiu fugir para outra cidade”, conta o rapaz. Simples assim. Ele e sua amada, que se conheceram por viverem em um mesmo condomínio em Recife (PE), fizeram as malas e, em uma madrugada do último mês de dezembro, colocaram o pé na estrada. Seus planos eram o de seguir para uma casa que sua família tinha na cidade de Paulista, no mesmo Estado, e ficar por lá por cerca de “um ano ou mais”. “Eu levava comigo R$ 500 que meu pai tinha me dado para comprar umas coisas para o computador. Se eu não arrumasse emprego, tinha família lá por perto. Aí tinha como ajudar por um tempinho”, explica. Ainda de acordo com o jovem, nenhuma das famílias abandonadas desconfiou de nada. “Eu arrumei minhas coisas e deixei escondidas. Ela arrumou as dela e jogou pela janela. Aí ficou comigo”, explica o jovem. Às 3h, então, os dois seguiram para o ponto de ônibus que os levaria para a estação rodoviária. Diferente de todas as histórias conhecidas, porém, a deles não se concluiu tragicamente – mesmo porque nem chegou a ter um fim. O casal foi roubado no meio do caminho. “Levaram as nossas bolsas. Menos o dinheiro, que estava entocado comigo”, lembra Maurício. Sem malas, não havia mais como continuar a fuga. Ao voltarem para suas casas, porém, a situação só piorou. A mãe de Amanda, alertada por uma vizinha, estava na porta do condomínio. “Ela ficou desesperada. Só ficou reclamando”, afirma o rapaz. Por causa disso a família da garota gosta menos ainda de Maurício. “Agora, namoramos escondido”, diz. “[Se as bolsas não tivessem sido roubadas] iam demorar muito para achar a gente. Eu havia pensado em tudo”, lamenta o estudante. É claro que, com casos como este, até Romeu e Julieta ficam em segundo plano. Mas ainda que menos esdrúxulo, a história do jovem Durval, 22, também é impressionante. Tudo aconteceu durante uma época na qual ele morou fora do Brasil para fazer um intercâmbio de estudos.Aqui ficaram sua namorada e amigos. O que ele não esperava, porém, é que o mais próximo de seus colegas de repente se declarasse apaixonado por sua amada. “Nossa, quando a minha namorada me contou eu fiquei possesso. Liguei para ele para ouvir o que ele tinha para falar. Ele só dizia que não tinha me contado porque achava que era um assunto a se tratar pessoalmente. Aí eu falei: ‘Ah é? Então já que você quer conversar pessoalmente você vai me pagar uma passagem de volta para o Brasil, vou ficar aí por uma semana [era semana de Páscoa] e você vai me dizer o que tem para dizer, tudo bem?”, relata o rapaz. “Além da vontade de esmurrar o cara, eu também tinha que mostrar presença pra minha namorada, que estava chateadíssima com o que tinha acontecido. Estava muito triste mesmo”, diz. E não é que deu certo? “No final ele pagou. Eu disse que ia devolver o dinheiro algum dia, mas como agora eu não falo mais com ele, não vou devolver é nunca”, conta Durval. De volta, ele e sua garota namoram agora há quase 5 anos. E conclui: “se você acha que certa pessoa vale a pena, tem mais é que se virar pra mostrar isso mesmo. Aquela vez valeu e muito. Perdi um escudeiro, mas continuei com a dama”, brinca."


A Gripe Do Amor

Rita Lee

Composição: rita lee/roberto de carvalho

Não há vacina
Nem vitamina
Pega só de olhar
Han! Han!
Não tem benzedeira
Chá de erva cidreira
Capaz de curar
Uh! Uh! Uh!
A gripe do amor
Hum! Hum!
A gripe do amor
Hum! Hum!
A gripe do amor
Amor!...

Causa dependência
Provoca furor
Manemolência
Han! Han!
O coração não bate
Apanha!
A alma faz mãnha
Uh! Uh!...

Peguei a gripe do amor
Não adianta doutor
Tô tendo um piripaque
Por favor não me salve
Quero morrer de amor...(2x)

Se você me ama
Vem ficar de cama
Vem cuidar de mim
Por uma semana
Um mês, um ano
A vida inteira
Uh! Uh! Uh!...

Peguei a gripe do amor
Não adianta doutor
Tô tendo um piripaque
Por favor não me salve
Quero morrer de amor...(4x)

A Gripe do Amor!

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