sexta-feira, 22 de maio de 2009

Filhotes "monsters" de amorrrrr...



É impressionante! Eles são gerados dentro da nossa barriga, criam uma bela de uma "baderna" dentro de toda aquela "aguaceira", mas estão no "quentinho". Chutam, comem, engolem "melecas", chupam o dedo, dormem, não dormem, fazem um "pampeiro". Peraí? Então quando saem, a "farra" continua? Sim, e pra "melhor"! Por mais que sejam pequenininhos, eles crescem, cada vez que a gente pisca, eles crescem mais. É vertiginosamente! E continuam naquela algazarra com cada vez mais "propriedades". Adquirem um poder "supimpa" sobre tudo e sobre "nós".
Eu tenho quatro! Eu falei quatro "filhotes", e juro que gostaria de ter mais. Me alimenta toda essa "festança" conjunta de brigas, berros, risadas, perguntas, choros, beijos, "mãnhas", abraços... E são tantas manifestações! Eu sou viciada nessa "loucura cotidiana". O engraçado é que às vezes fazemos pedidos e imploramos para que eles fiquem "quietinhos", ou então vem um berro de "parem pelo amor de Deus", até o Robertão canta "quando as crianças sairem de férias talvez a gente possa então se amar, um pouco mais". Aí sabe o que acontece?
Eles vão!
Tudo calmo, tranquilo, no mais "silencioso soar". Você olha ao seu redor e pensa:


"Filhos... Filhos? Melhor não tê-los!

Mas se não os temos
Como sabê-los?
Se não os temos
Que de consulta
Quanto silêncio
Como os queremos!
Banho de mar
Diz que é um porrete...
Cônjuge voa
Transpõe o espaço
Engole água
Fica salgada
Se iodifica
Depois, que boa
Que morenaço
Que a esposa fica!
Resultado: filho.
E então começa
A aporrinhação:
Cocô está branco
Cocô está preto
Bebe amoníaco
Comeu botão.
Filhos? Filhos
Melhor não tê-los
Noites de insônia
Cãs prematuras
Prantos convulsos
Meu Deus, salvai-o!
Filhos são o demo
Melhor não tê-los...
Mas se não os temos
Como sabê-los?
Como saber
Que macieza
Nos seus cabelos
Que cheiro morno
Na sua carne
Que gosto doce
Na sua boca!
Chupam gilete
Bebem xampu
Ateiam fogo
No quarteirão
Porém, que coisa
Que coisa louca
Que coisa linda
Que os filhos são"

(Vinicius de Moraes)

Depois eles voltam, daqui a pouco já estão por aí! Começa tudo de novo aquele desassossego. Ai que bom! Graças à Deus! Porque eu preciso desse "atropelo de sensações". Saudade é bom, e logo a gente mata ela com beijos, abraços, "montinho", agarradinhos...

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