terça-feira, 28 de julho de 2009

Saudades de Rê Bordosa


"Pode parecer infame o trocadilho, mas os personagens de Angeli grudam mesmo que nem chiclete. De sua sensível observação saíram os mais marcantes tipos do humor paulistano da atualidade. Nenhum, no entanto, marcou mais que “Rê Bordosa”, talvez o mais completo retrato psicológico e social da mulher urbana de sua época, dividida entre a crise dos 30 anos, o eterno desafio de se relacionar com o sexo oposto e a liberdade sexual que a satisfez na década anterior.

Uma década depois de sua última aparição nas bancas, a alcoólatra mais famosa do Brasil está de volta em livro para matar a saudade dos fãs e deixar embasbacada a nova geração, diante de sua atualidade e qualidade. “Rê Bordosa, vida e obra da porraloca”, é o terceiro volume da série “Sobras Completas”, de Angeli editada pelas editoras Devir e Jacaranda.

No livro, totalmente a cores, estão as tiras clássicas da personagem: com o pai e mãe, nos bares, com os eventuais parceiros de cama e curtição. As três primeiras tiras que abrem a edição são o melhor exemplo da atemporalidade e do humor genial da personagem mais amada de Angeli. Na segunda delas, num momento de auto-depreciação, ela dispara: “Rê Bordosa, você não passa de uma barata!... Daquelas que não há inseticida... Que mate!”" (Angeli)

Betty Frígida

Blitz

Composição: Antônio Pedro / Patrícia Travassos / Ricardo Barreto / Evandro Mesquita / Ricardo Barreto

A Kajadan Filmes apresenta...
A estranha estória de Roni Rústico e Betty Frígida
Versão brasileira Aic - São Paulo

Meu amor não fique assim
Não foi sua a minha culpa
Por favor não mude de cor
A gente pode tentar outra vez
A noite é uma criança
Um pouco de amor não cansa, cansa, cansa, cansa
É que eu sou frígida

Frígida, Betty Frígida, rígida
Eu não consigo relaxar
Frígida, Betty Frígida, rígida
Eu sei que eu conseguir

Calma Betty, calma
Você deve fazer de leve
Calma Betty, calma
Assim você me machuca
Calma Betty, calma
O Juca já fez isso uma vez

Meu amor agora já sei
Depois de amar como eu te amei
Ah, eu pensei que sabia tudo
Mas aprendi tudo essa vez
Ah, o meu beijo te quebrava os dentes
O meu abraço nunca foi quente, quente, quente, quente
É que eu sou rústico

Rústico, Roni Rústico, só tenho músculos
Eu sempre quis te namorar
Frígida, Betty Frígida, rígida
Agora eu já consegui

Calma Betty, calma
-Hey Betty, vamos tomar um grapette?
-Sim Roni!
Calma Betty, calma
-Hey Roni, você viu o que aquele boçal escreveu no jornal?
-Oh! Eles não sabem de nós
E os urubus continuam passeando a tarde inteira entre os girassóis.


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